Correio Popular - Opinião - Pág. 2 - Campanha Natal Luz 2002
Abaixo, veja matéria na íntegra
Os três aspectos da revalorização qualitativa do Cento de Campinas, aqui abordados, devem representar o começo da concretização do anseio da população, em relação à fisionomia de seu principal espaço, poluido e descaracterizado nos últimos anos.
Ao lançar a campanha Natal de Luz 2002, a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), a Câmara dos Dirigenteà Lojistas (CDL) e o Sindicato dos Lojistas (Sindiojas) tomam a iniciativa de conferir às ruas e às fachadas dos prédios da área central elementos decorativos que deverão transformar o visual em atrativo para o público, nas festas de fim de ano.
Além da iluminação esteticamente chamativa, os organizadores da campanha puseram na pauta a realização de eventos culturais, promoções para receber o consumidor e campanha publicitária.
Trata-se de restaurar o prazer de acessar o Centro, com a dinamização das compras aliada ao entretenimento, num espaço que, assim, começará a ser revitalizado.
É a junção do agradável ao útil, sob o ponto de vista da economia da cidade.
Aqui entra o segundo aspecto da questão: a Prefeitura não pode frustrar, no que lhe compete, esse empenho de valorização do Centro.
Dado que a Administração anunciou um trabalho geral de “faxina” nas vias públicas, praças eespaços centrais da cidade, por meio da limpeza, conserto de pisos, pintura de fachadas de prédios públicos afetados pela poluição, melhoria e cuidados com jardins, e medidas c orrelatas, precisa agilizar tais cuidados, para que a iniciativa dos empresários tenha a devida complementação do Poder Público. Isso não pode ser deixado para a última hora.
Quanto mais cedo o campineiro perceber que os empenhos anunciados vão ganhando concretude, maior será a disposição de participar criando-se una atmosfera positiva, em termos de avanço, com a decorrente procura do Centro, como área de passeio aprazível (a segurança pública já está estruturada, na área, e certamente será reforçada, quando do movimento de fim de ano).
O terceiro aspecto é o andamento do movimento pela revitalização da Praça Antonio Pompeu, ou “Praça do Chope”, que ganha intensidade. A idéia é, além da remodelação de espaços (cujo anteprojeto, da Associação dos Amigos do Centro de Campinas - AACC -está sendo elaborado pela Associação Regional dos Escritórios de Arquitetura, a Area), empreender iniciativas para a criação de um pólo de atração turística.
É importante que essa dinamização de empenhos siga trajetos ágeis. Por isso que, sendo importante a idéia de audiências populares para absorver propostas e sugestões de moradores e interessados, tais providências não se delonguem, para que os objetivos da revitalização não se onerem com excesso de burocracia.
A disposição do empresariado, e o necessário apoio da população e da Administração, devem configurar, condições psicológicas de avanço no processo de revitalização do Cento. Tal clima deve ser aproveitado com ênfase, para a idéia não esmorecer.