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CLIPPING: TONICO´S BOTECO

Correio Popular - Caderno C - Capa - Lana Bittencourt


Leia abaixo matéria na íntegra

Dona de uma das mais poderosas vozes do rádio brasileiro - tempo em que não havia televisão -, Lana Bittencourt se apresenta hoje, a partir das 21h, no Tonico’s Boteco. Lana canta acompanhada do marido - que ela prefere chamar de companheiro - o maestro e compositor carioca Mirabeaux, músico consagrado na noite carioca, que trabalhou, entre outros, com Tom Jobim e João Gilberto. No show, ele toca teclado e guitarra.

A base do show são os dois CDs lan-çados recentemente pela cantora Os 20 Super Sucessos de Lana Bittencourt (1998) e Doce União — que acaba de sair e traz êxitos da cantora e gravações de Mirabeaux. O repertório será composto, portanto, de músicas que ficaram conhecidas na voz dessa cantora que surgiu ainda na década de 50, como Little Darling (W Williams), SeAlguém Telefonar (Jair Amorim/ Alcyr Pires Vermelho), Chariot (Dei Roma! Jacques Planta e Stole) e Conselho (dos campineiros Denis Brean e Oswaldo Guilherme).

Mas ela também promete um repertório com músicas de compositores como Caetano Veloso (Força Estranha), Roberto Carlos (Emoções e Não Esqueça de Mim), Milton Nascimento e Fernando Brant (Maria, Maria), Gonzaguinha (Viver e Sangrando) e alguns clássicos internacionais como Unforgettable (de Irving Gordon. famoso na voz de Nat King Cole) e La Vie en Rase e Hino ao Amor (de Edith Pia!), além de canções da bossa nova como Se Todos Fossem Iguais a Você (Jobim e Vinicius de Moraes).

A voz poderosa, garante a própria Lana, ficou mais contida, especialmente depois da bossa nova. Como falava fluentemente o inglês - além de outros quatro idiomas, pois é formada em letras - Lana foi para os Estados Unidos e viajou a América com Sérgio Mendes. Depois, com Sarah Vaughan — “ela tinha um ônibus e me convidou para fazer shows com ela”-, com Edith Piaf, Catherine Valente, entre outros. “Aprendi a cantar bossa nova com a Sarah”, afirma.

Naquela época (1964), garante, não havia a facilidade de hoje. “Atualmente, qualquer um viaja e faz sucesso porque as portas foram abertas, mas naquele tempo foi tudo muito dificil”, afirma a cantora. Apesar disso, Lana fez muito mais sucesso nos Estados Unidos que no Brasil — “nunca fiz parte da mídia” e ficou conhecida por causa da bossa nova. “Eles adoram a bossa nova, assim como os japoneses”.

Não só os norte-americanos e japoneses, mas os mexicanos e até os russos. “Cantei Mulher Rendeira , em português, para 250 mil pessoas na Praça Vermelha e eles adoraram”, conta. Lana sempre cantou em português e em inglês, tanto no Brasil quanto no exterior Português que ela chegou a ensinar para Johnny Mathis. “Ele gostava de cantar ‘triste é viver na solidão’ com aquele sotaque característico dos americanos”.

Lana faz questão de dizer que ainda viaja e muito pelo Brasil e fora dele. “Passei minha vida viajando pelo mundo e me sinto realizada por isso”, afirma. Aproveita e alfineta: “Mas sempre cantei música de qualidade e não o lixo que muitas vezes se faz por aqui e no extenor também. Muita gente não conhece algumas das melhores coisas que se faz neste país”.

Aproveita para mencionar o marido e companheiro Mirabeaux. “Ele foi elogiadíssima por George Benson depois de um show”, afirma. Mirabeaux faz trilhas de novelas e chegou a ganhar o Prêmio Sharp pela trilha da minissérie Riacho Doce (TV Globo).

O show de hoje no Tonico’s deverá ter pouco mais de uma hora e um repertório de 25 canções — algumas delas cantadas em pot-pourri.

Sem saudosismo

Lana Bittencourt tem mais de 40 anos de carreira. É do tempo em que se valorizava as grandes cantoras de vozes fortes — tendência que se desfez como jeito bossa nova de cantar “Mas nos Estados Unidos ainda é muito importante mulheres que soltam a voz”, afirma. Ainda assim, Lana se adaptou aos novos tempos e garante que sua voz “está mais doce”, ao estilo da bossa nova.

Mesmo que cante os famosos hits como Little Darling, pegou o bonde da história e incluiu os grandes nomes que surgiram pós-bossa nova. Assim, o show de hoje promete ter um pé no passado e outro no presente. Sem saudosismos.

Lana começou a carreira na rádio Tupi no Rio, em 1954, onde gravou pela primeira vez em 78 rpm. Cantou também na Rádio Mairynk Veiga e Nacional e em programas de auditório na antiga TV Nacional (Globo) em São Paulo, onde alcançou reconhecimento nacional. Foi a primeira artista a gravar com sucesso em outro idioma no Brasil— Little Darling. Gravou também em espanhol e italiano.

Lata Bitlencourt — Show da cantora, hoje, a partír das 21h. no Tonico’s Boteco (r. Barão de Jaguara, 1.373. Centro, fone 3236-1664) Couvert: R$ 15.

DISCOGRAFIA

Discos de carreira
- 20 Super Sucessos (1998)
- Karma Secular (1986, vinil)
- Jubileu de Prata (1982, vinifl
- Lana no 1800(1965, vinil)
- O Sucesso é Lana Bittencourt (1963, vinil)
- Exaltação ao Samba (1962, vinil
- Sambas do Rio (1960. vinil)
- Lana em Musicalscope (1958, vinil)
- Lana Bittanoourt (1957, vinil)

Extra
Retrato do Rio (1957, vinil)

Fonte: www.cliquemusic.com.br

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