Documento histórico que não só vale mais do que mil palavras, mas também sensibiliza, a fotografia está na pauta esta semana, como lança-mento da exposição e livro Fotografia e Cidadania, amanhã, na Sala In Touch — Centro de Comunicação e Artes, em Barão Geraldo.

Quantas vezes já nos lamentamos: “Puxa, se eu estivesse com uma máquina fotográfica agora...”, naqueles instantes únicos, em que nosso olhar flagra cenas incomuns ou cheias de significado, beleza ou horror, nas ruas de Campinas? Os fotógrafos que participam da exposição e do livro um dia pensaram assim, e decidiram, a partir de então, andar com as máquinas a tiracolo.

Muitos fizeram desse hobby profissão, e algumas das melhores imagens registradas durante o oficio estão no livro Fotografia e Cidadania, organizado por Rita Ribeiro (proprietária do In Touch), com curadoria dos fotógrafos Nelson Chinalia, Antônio Scarpinetti (o Scarpa) e Fernando de Tacca.

“As fotografias deste livro adentram um mundo de denúncia das condições de vida, da tragédia humana e da falta de consciência de uma sociedade ampla e irrestrita. Ao mesmo tempo, as imagens também falam da aquisição de uma condição humana através de um esforço pessoal e coletivo, da solidariedade e na consciência dos rumos sociais do mundo”, diz o fotógrafo e professor no Departamento de Multimeios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Fernando de Tacca, no texto de apresentação do livro.

Fotografia e Cidadania traz 73 fotografias dos seguintes autores: Adriano Rosa, Leandro Ferreira, Augusto de Paiva, Scarpa, Carlos Bassan, Dominique Torquato, Eduardo Beck, Élcio Alves, Nerivelton Araújo, Sérgio Carvalho, Gustavo Magnusson, Humberto de Castro, Júlio César Costa (todos da Rede Anbangüera de Comunicação, publicadora dos jornais Correio Popular e Diário do Povo e detentora do portal Cosmo on Line), Adriana Busso, Alan Victor Pimenta. Carolina Beckinan, Daniel Ryo, Eleonora Frenkel, Fernanda Cação, Fernando Senaha, Marcos Peron, Nelson Chinalia, Patricia Rodolpho e Vanessa Sobrinho.

Suas fotos nos revelam uma cidade que cresceu muito rápido. Hoje, seus habitantes convivem com a miséria, a violência e a esperança; com seus dramas e cotidianos registrados em imagens chocantes.