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CLIPPING: BANDAG

Revista Pnews - Setor discute novos rumos em 2003


A nova Diretoria da ABR iniciou o ano trabalhando em prol da categoria. Já em 22 de janeiro foi realizada uma reunião setorial no Braston Augusta Hotel com participação de fornecedores de matéria-prima, companhias de pneus. recauchutadores, a Diretoria da entidade e presidentes de associações estaduais.

Como objetivo do encontro, traçar o atual perfil do setor e avaliar as variáveis de ameaças e oportunidades decorrentes do reajuste específico pelo qual passa o setor de recauchutagem.

Os principais temas preocupantes que atingem os recapadores de pneus foram abordados, como a defasagem no preço dos pneus recapados. as mudanças técnicas nos pneus, entre outros. Foram também apresentadas e discutidas as propostas do presidente Paulo Moreira, que fez uma denúncia grave durante a reunião.

Para Edson Gonçalves, da Goodyear do Brasil, a grande preocupação do recauchutador é repassar o preço para o setor de transporte. “Um tem que tomar a frente, as empresas vivem de lucratividade e precisam ganhar dinheiro para manterem-se sólidas”, argumentou.

Concordando, João Francisco Mooller, da Tipler lem-brou que o receio de repassar o preço, toma-os cada vez mais baixos.

Segundo João Arthur Mohr. da Rex Pneus /AHPA RANA, é preciso ter conscientização dos próprios custos. “O recauchutador é levado pela emoção e não consegue colocar o preço necessário”, expli-ca. Para justificar, ele informou o resultado de um estudo feito em sua região que apontou que o custo da recapagem de pneus em transportadoras representa 2,2% da planilha do transportador.

Ele ainda advertiu que os fornecedores não devem in-centivar os recapadores a aumentarem a produção a qualquer custo, pois isso cria recapadoras predadoras de mercado e pediu que os próprios fornecedores fiscalizem ações predatórias de mercado.

Ação corporativa

O presidente da ABR, Paulo Moreira, entregou a todos um documento redigido por ele intitulado Recapageni no Brasil: Reagir ou Sucumbir, onde aponta os fatores que contribuíram para a atual situação do setor e coloca uma série de questões para serem analisadas, buscando despertar a reflexão em todos, “A situação do setor é hoje uma grande ameaça para uns, mas também uma grande oportunidade para outros, que enxergarem soluçaes que muitos não vêem”, alertou Moreira. Para encontrar a luz no fim do túnel, o presidente da ABR indica a necessidade. de uma ação conjunta: “Vemos oportunidade de mudança, mas sozinhos não conseguiremos. Precisamos agir corporativamente”.

Sobre a questão preço, Moreira informou que está em estudo inicial por uma comissão, a preparação de uma tabela com referência de preços. A idéia da tabela é antiga e vem ganhando força no se-tor nos últimos tempos.

Glan Plero Zadra, da Marangoni. contou a experi-ência de seu país, a Itália, onde existe uma tabela com sugestão de um preço médio para venda dos pneus recauchutados. Segundo ele, há também um acompanhamento de quem segue a tabela, que funciona com distribuição de prêmios em função das atitudes dos empresários perante o mercado. “Não é fácil gerenciar. mas é um caminho”, sugeriu.

“Só posso fazer o que me apoiarem a Diretoria e as lnstituições, revelou o presidente da ABR. Para a união do setor, ele pretende que a transparência seja uma marca de sua administração, prometendo divulgar relatórios sobre a situação atual da entidade e ações que forem tomadas.

Para Roberto Ducatti, gerente geral da Bandag, é um tempo propicio para que decisões sejam tomadas. Ele ofereceu apoio às ações da ABR. “Como fornecedor temos que ter comprometimento em ajudar o nosso consumidor”. garantiu, endossando as propostas da nova Diretoria da entidade:federalização, norma-tização e institucionalização. “Há condições para reagir. Espero que a ABR tenha visão para olhar o futuro com estratégia e ações”, reforçou.

O representante da Recamlc / Michelin, João F. Barboza Filho, comentou sobre as mudanças técnicas da atividade de recapagem decorrentes da evolução dos pneus “O perfil do produto da Michelin foi pouco alterado, mas encontra dificuldade de exportação. A tecnologia brasileira é antiga”, contou. Segundo ele, em recapagem estão seguindo o pneu novo, pois é o que tem que ser feito.

Alexandre Botti, da Pireu, explicou que a nova geração de pneus traz bandas cada vez mais largas, o que diminui o índice de recapabilidade porque a durabilidade do pneu é maior. Para ele, a saida é a adequação: ‘Temos que encarar de frente o futuro dos pneus para adaptação do setor”.

Denúncia

Durante a reunião, o presidente da ABR fez uma sé-ria denúncia sobre a existência de um mercado paralelo de borracha. Segundo ele, isso é um fator desestabilizador.

Para evitar a continuidade deste mercado, Moreira pediu aos fabricantes que não vendam para pessoas físicas, pois podem ser possíveis intermediários. “É preciso uma ética mercadológica”, solicitou.

A noticia foi uma surpresa para os fornecedores. Vitacir Paludo, da Vipal, garantiu que o assunto tem que ser apurado a fundo. A posição da Vlpal foi de total apoio a ABR, segundo Enio Provenzi.

Moreira ainda abordou a questão das carcaças de pneus inservíveis, que devem ser recolhidas pela indústria de pneumáticos de acordo com uma resolução do Conama.
A idéia do presidente da ABR, apresentada ao presi-dente da ANIP, Gerardo Tommasini é que o setor de recapagem faça parte da logística de recolhimento dessas carcaças. “Isso pode contribuir significativamente para importação de carcaças. E uma visão de futuro da situação, que pode ser negociada antes que vire um caminho sem volta”, lembrou.

No encerramento, Moreira pediu a todos que analisem as questões deixadas no documento redigido por ele e mandem sugestões para a ABR.

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