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O Estado de São Paulo - pág. B11 - Tarifa cara impede maior inclusão digital


Acesso à internet ainda abrange apenas 10% da população e se limita às classes A e B

Que a privatização da tele-fonia no Brasil, que acaba de completar cinco anos, popularizou o acesso ao telefone, ninguém questiona. Em 1998, o País tinha 22,13 milhões de linhas fixas instaladas e 589 telefones públicos em serviço. Este ano, até o mês passado, a Anatel já contava 49,43 milhões de linhas fixas instaladas e 1,35 milhão de telefones públicos em serviço.

Quando se fala da relação da privatização com a inclusão digital no País, entusiastas argumentam que a privatização representou um salto democrático, dando acesso fácil ao telefone a populações pobres. Os críticos, porém, afirmam que a mesma privatização permitiu o aumento das tarifas, um dos grandes empecilhos para avançar em termos de inclusão digital.

Segundo o Comitê para a Democratização da Informática (CDI), entende-se por inclusão digital políticas que permitem à população ter acesso a novas tecnologias e utilizá-las para melhorar sua condição social e/ou profissional. Um estudo do Ibope eRatings mostra que, apesar das crises dos últimos dois anos, o número de brasileiros com acesso à internet (seja de casa, do trabalho ou da escola) cresceu de 16,9 milhões no início de 2001 para 18,5 milhões no início de 2003. Ainda assim, este total engloba apenas cerca de 10% da população brasileira, e grande parte está concentrado nas classes A e B. Para Marcelo Coutinho, diretor de serviços analíticos do Ibope eRatings, não basta dar acesso à internet para garantir um pleno aproveitamento da rede por parte das populações excluídas. Segundo ele, é preciso ampliar o acesso a “crédito para pequenas empresas, cooperativas de exportação para pequenos produtores” e outros instrumentos que possibilitem que o “excluído” utilize a tecnologia para melhorar sua vida.

De acordo com o Mapa da Exclusão Digital, pesquisa realizada em abril pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o CDI, 97,24% dos brasileiros que têm acesso à internet estão em áreas urbanas do País. As regiões com maiores taxas de inclusão do País são Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Os Estados mais excluídos são Maranhão, Piauí, Tocantins, Acre e Alagoas.

Para Sérgio Amadeu da Silveira, presidente do Instituto Nacional da Tecno-logia da Informação (ITI) e autor de Exclusão Digital: A miséria na em da Informação, “a privatização resolveu o problema da competitividade mas não ajudou a baratear a conexão”, o que é um dos maiores obstáculos para a ampliação do acesso à internet no Brasil.

Rodrigo Baggio, presidente do CDI, lembra que o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que tinha o potencial de ser o “grande fundo de inclusão digital no Brasil”, virou uma “frustração”. Criado em 2000, o Fust recebe 1% das receitas das empresas de telefonia. Já acumula cerca de R$ 3 bilhões que deveriam ter sido usados para informatizar escolas, bibliote-cas e postos de saúde, mas que, por de divergências políticas, nunca saíram do papel.

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