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Revista Adesivos & Selantes - pág. 34 a 44 - Corrida tecnológica no setor de adesivos


Nem mesmo as adversidades que acometem atualmente o mercado brasileiro têm inibido o desenvolvimento de novas formulações capazes de atender as exigências por produtos mais eficientes, que norteiam o setor de adesivos e selantes. Diante deste cenário, o empenho de fabricantes tem resultado em uma grande corrida tecnológica, da qual os vencedores são aqueles que melhor atendem as expectativas dos usuários.

Nos dias de hoje, não é mais mérito exclusivo dos padres ou líderes religiosos estabelecer a união de duas partes para sempre. Pelo menos é o que as tecnologias empregadas nas produções de adesivos buscam selar diante das expectativas depositadas pelos diversos segmentos onde os produtos são aplicados. Altamente competitivos, os adesivos demandam sempre novas formulações com maior estabilidade e melhores propriedades físicas e mecânicas, em situações onde predominem a fácil aplicação e os baixos custos de montagem. As principais tendências no desenvolvimento de adesivos visam obter a síntese de novos polímeros formulados em um único componente com alta resistência térmica; menor toxidez, para não causarem danos à saúde ou ao ambiente e resistência à umidade e ao ataque químico. Utilizando basicamente reatores de aço inox, misturadores, tanques para armazenagem para produto final e máquinas de envase, extrusoras e encartuchadeiras durante os seus processos de produção, os adesivos permitem uma redução considerável de tempo e custo se comparados a processos de soldagem de metais, tecelagem ou ainda junção mecânica com rebites, parafusos e pregos. Com aplicações em setores distintos, como o de calçados, construção civil, madeireiro/moveleiro e embalagens, os adesivos e selantes vêm estimulando indústrias a investirem na produção de diversos ítens, dentre os quais se destacam as embalagens. Estima-se que, nas últimas três décadas, a produção mundial de adesivos e selantes tenha crescido mais de cinco vezes em função, principalmente, da crescente demanda do mercado de embalagens, que tem como maior consumidor de adesivos e selantes industriais o negócio de laminação de filmes flexíveis. No entanto, nem a curva meteórica do consumo deste tipo de embalagem em todo o mundo tem freado investimentos em outras áreas. E enquanto o mercado de adesivos para embalagens expande para fronteiras que vão além da laminação de filmes flexíveis, a disputa tecnológica entre as empresas se torna cada vez mais acirrada.

Com a fartura de lançamentos, o empenho de fabricantes tem aumentado na mesma proporção da demanda por produtos mais eficientes, exigência que pode ser traduzida em fatores imprescindíveis: preços competitivos, rapidez de colisão e coesão.

Capaz de atender a todos estes pré-requisitos, o candidato que vem ocupando fatias cada vez maiores do mercado de adesivos é o hot melt, que, apesar de inserido em um contexto tecnológico relativamente recente, tem agradado tanto nos processos de produção como nos de aplicação.

Na opinião de Roberto Cestari, consultor da área de negócios de hot melt da Brascola, que entrou de cabeça nesse nicho em 2002, o promissor mercado que já detém 18% de todo o consumo de adesivos no País vem crescendo cerca de 10% ao ano e a perspectiva é de uma participação estimada em 30% do mercado, nos próximos cinco anos. “Este é um nicho em franca expansão no Brasil, pois responde por uma demanda de 45 mil toneladas por ano, o que corresponde a, aproximadamente, 3% da produção mundial de hot melts”, atesta. Ainda segundo ele, os hot melts têm merecido grande atenção dos fabricantes por serem de fácil aplicação, manuseio e armazenagem, além de não serem poluentes e não causarem corrosão. Do ponto de vista ambiental, os produtos são ecologicamente corretos, atóxicos e ainda promovem excelente performance, com alta economia. “Diante dessas vantagens”, retoma Cestari, “é compreensível que os adesivos com base em solventes sejam, em muitas situações, substituidos pelos hot melts, o que já vem acontecendo em algumas aplicações nos setores automotivo, madeireiro e calçadista, dentre outros, que garantem a esses produtos uma participação de 40% do consumo nacional”, completa o executivo, que garante que o maior diferencial da Brascola está em sua produção totalmente nacional de uma ampla gama de adesivos base etileno vinil acetato (EVA), resinas e parafinas diversas (PSA) etc. Presente no mercado há 50 anos, a Brascola investe na marca Brascomelt e pretende manter sua meta inicial de conquistar 15% do mercado de hot melts em três anos. Em seu portfólio figuram também soluções para construção civil, setor automotivo, indústria em geral, comércio, calçados e couros, madeireiro, moveleiro e artesanato. O mix de produtos reúne mais de 600 ítens, que incluem os silicones Brascoved, os poliuretanos Brascoflex, as colas brancas Brasfort Extra, cianoacrilatos Bond it, o poliuretano bicomponente Brascoved KPO, os adesivos de contato Covulfix e Colabras e os adesivos epóxis Araldite.

O sucesso da Brascola – que produz cerca de 55 toneladas por dia de adesivos -, é reflexo, na opinião de seu diretor comercial, Luiz Revite, das sensatas escolhas feitas pela empresa nos momentos de adversidades que a economia tem promovido no cenário brasileiro. “Na crise tire o ‘s’ e deixe apenas a palavra crie norteando suas ações”, ensina.

Atenta também à promissora demanda de hot melts, a Henkel promoveu recentes investimentos em sua unidade em Jacareí (SP). De acordo com Júlio Muñoz Kampff, diretor U-T Mercosul da Henkel, o fornecimento das linhas Technomelt e Euromelt garantiram modernização nos processos de colagem na indústria brasileira e ainda geraram competitividade internacional. “Promovemos a substituição de colagem base aquosa por hot melts, aumentando a produtividade e a qualidade na indústria alimentícia e de limpeza doméstica”, assegura. Ele ressalta ainda, sem revelar processos de produção e tecnologias empregadas, que a crise impulsionou o desenvolvimento de produtos que permitiram incremento no volume das exportações, além de ter ampliado o atendimento a novos nichos de mercado. Dentre as novidades da Henkel está a linha Optal LG 11, constituída por adesivos base sintética, que proporcionam maior eficiência e produtividade devido à sua formulação. “Estes produtos são substitutos da caseína e foram desenvolvidos visando as principais exigências dos clientes, que buscam adesivos com maior resistência às variações de temperatura e que evitem o descolamento dos rótulos das garrafas na água gelada, por exemplo”, explica.

Já a marca registrada Liofol, para laminação de flexíveis, atende, segundo Kampff, as necessidades dos convertedores de embalagens de alta, média e regular performance, com destaque para o desenvolvimento de adesivos solvent free da linha universal, que seguem as regulamentações das autoridades americanas e européias e procuram preservar a saúde do consumidor final, sem descuidar das exigências práticas de aplicação por parte dos convertedores.

A empresa oferece, ainda, no seu leque de produtos para aplicação industrial, a linha Lessoflex para o mercado de encadernação de livros, catálogos, revistas, dentre outros compostos de adesivos de origem animal, também conhecidos por cola de glutina.

É verdade que toda a movimentação dos fabricantes de adesivos no mercado de embalagem se justifica por detalhes que passam, muitas vezes, despercebidos pelos consumidores. No entanto, não restam dúvidas de que os adesivos do fundamentais para garantir a integridade do produto e a vedação de uma embalagem.

Apesar de cientes do estratégico posicionamento do nicho de embalagens flexíveis no mercado de adesivos, as indústrias, aos poucos, começam a dispensar mais atenção às boas perspectivas dos mercados de rótulos e montagem e fechamento de cartuchos celulósicos, que, segundo estatísticas não oficiais, apresentam um consumo de, aproximadamente, 532 milhões de m2 na América do Sul (incluindo etiquetas de alta performance).

Diante de cifras tão atraentes, até aquelas indústrias que ainda não fazem parte deste filão planejam o amanhã. É o caso da 3M, que, segundo Yumi Mori Tuleski, especialista de marketing da empresa, pode concentrar esforços em futuros investimentos no mercado de rótulos, já que o Brasil vem registrando um crescimento anual de, aproximadamente, 7% no setor.

A busca da empresa por ações de vanguarda também se faz presente em outras frentes. A tendência mundial de desenvolvimento dos chamados smart adhesives (adesivos inteligentes) reúne a função comum de aderência além de agregar outras propriedades aos produtos. Responsável pelo batizado da expressão, que eleva o adesivo a uma condição superior à de uma cola, a 3M dispensa atenção especial à linha Command, composta por adesivos de alta eficiência, compatíveis com todos os tipos de superfícies. Suas aplicações esponjosas e elásticas nos dois lados garantem que o peso dos objetos se distribua por toda a superfície do produto sem que o material elástico e esponjoso se alongue. “A praticidade desta linha tem agradado bastante aos usuários, que têm a opção de remover os adesivos, por meio do emprego de uma força suficiente para esticar o material esponjoso. Quando a espuma é esticada, o adesivo também estica, mudando a direção das forças eletrônicas de nível molecular e de Van Der Waals, reduzindo a espessura da camada adesiva, simultaneamente”, explica Yumi. Outro produto que tem demandado especial atenção da empresa é o adesivo condutivo, muito utilizado para promover contato entre circuitos, onde a condução tridimensional não é desejada, como, por exemplo, na conexão das telas de lap tops. De acordo com Yumi, a condutividade elétrica é feita de duas maneiras: na primeira, o sal de prata é incorporado à massa de adesivos sensíveis à pressão, resultando na condutividade em uma direção, ou seja, no eixo Z e, na segunda, as partículas tratadas de negro-de-fumo são adicionadas aos adesivos, garantindo condução tridimensional.

Presentes também no portfólio da 3M, os adesivos microrreplicados possibilitam várias estruturas com réplicas iguais de formas geométricas por centímetro quadrado e garantem, segundo Yumi, aderência uniforme, sem bolhas, além de permitirem sua posterior remoção. A especialista cita ainda outra linha de adesivos da 3M que contém drogas que penetram através da pele, para dentro da corrente sangüinea assim que os adesivos são aplicados.

Não menos importantes na balança que acumula o peso dos investimentos estão os esforços tecnológicos voltados aos segmentos de madeira e construção civil, capazes de nortear negócios de grandes indústrias, como a Alba Adesivos, braço da Borden Chemical, um conglomerado mundial presente em oito países.

De acordo com Milton Barreto, gerente-geral da Alba, os segmentos de construção civil e embalagem vêm apresentando taxas de crescimento relevantes nos últimos dois anos, assim como o de artesanato, no setor de varejo, em função do crescimento da economia informal no País.

Diante deste cenário, a empresa tem focado suas ações para esses nichos, lançando linhas de produtos como a Cascola base água, Cascorez porcelana fria, Cascorez resistente à umidade e Cascorez secagem rápida. Seu portfólio de produtos é fortalecido pela produção mensal superior a 1,5 mil tonelada de adesivo de acetato de polivinila (PVA), produzidos pela reação de polimerização em emulsão, que utiliza como matérias-primas o monômero do acetato de vinila (VAM) e o álcool polivinílico. “A emulsão de terpolímero ou copolímeros de PVA garantem um bom desempenho na colagem de superfícies de difícil adesão (baixa energia superficial)”, enfatiza Barreto.

Dispensando também atual atenção ao negócio de embalagens, conversão de papel e construção, a Alba, que conta com o apoio de um centro de pesquisas no Brasil, localizado em Cotia (SP), investe em linhas de produtos que envolvem aplicações em fechamento de cartuchos para a indústria de cosméticos, fechamento de caixas de papelão ondulado, rotulagem de garrafas plásticas com papel por meio de uma emulsão de EVA e laminação de papel cartão com papelão micro ondulado. De acordo com Barreto, os custos na produção de adesivos dependem de muitos insumos importados, como é o caso de solventes e intermediários químicos, que sofreram aumentos de mais de 70% nos últimos meses. “A Alba procura ganhos obtidos com aumento de produtividade e melhorias de processo. Porém, os lançamentos estão sendo avaliados tomando por base as demandas futuras e o cenário econômico. Muitas novidades estão aguardando o momento certo para seus lançamentos”, ressalta. Com um faturamento que atingiu, em 2002, a marca dos R$ 130 milhões no Brasil, a Alba Adesivos produz atualmente diversas linhas de produtos. A Cascola, composta por adesivos de contato à base de solvente e à base d’água, é destinada ao mercado moveleiro/madeireiro. Já a linha Durepoxi, que responde pelos produtos à base de epóxi, com e sem cargas minerais, atende principalmente o mercado de construção e do “faça você mesmo”. Sua produção tem como base o processo de mistura de resinas e cargas minerais em misturadores tipo sigma e extrusão A empresa fabrica também a linha Cascamite, representada por adesivos à base de uréia-formaldeído, processados em reatores de polimerização; adesivos à base de dispersão aquosa de poliuretano e os de base acrílica, cujas produções envolvem a ação de misturadore de aço inox e, ainda, os adesivos hot melt produzidos por meio da mistura a quente em equipamentos sigma e extrusão. Alvo também de grandes incertezas nos momentos de instabilidade cambial, a italiana Coim encontra na nacionalização de toda a sua produção voltada à cadeia de embalagens flexíveis a melhor opção para driblar a crise. “Já produzimos localmente toda a linha de polióis poliésteres, bem como alguns pré-polímeros. Estamos, também, voltando nossa atenção para a importância da redução do tempo de produção e do consumo de energia, fatores que, juntamente com o emprego de catalisadores específicos, podem garantir ganho de produtividade”, aposta Edson Quevedo, gerente da Coim, que retoma o fio garantindo que a crise não inibiu o desenvolvimento de novos adesivos por estes fazerem parte de um mercado altamente competitivo, no qual o desenvolvimento de novos produtos é fundamental para o contínuo crescimento. “A Coim tem realizado diversos investimentos nesta área, por meio de parcerias com empresas envolvidas no processo de fabricação de embalagens”, comenta. Preocupada em corresponder da melhor maneira às expectativas de seus principais clientes (convertedores de embalagens flexíveis e fabricantes de tintas), a Coim construiu em Vinhedo (SP) um centro de tecnologia com equipamentos de última geração para a realização de testes capazes de auxiliar os clientes no desenvolvimento e melhoria de seus processos. Um dos principais destaques neste sentido é a laminadora Labo Combi (laminação à base solvente e solvent less).

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