Tecnocouro - Pág. 33 - reciclagem permite ganhos ambientais e econômicos
O mercado de PU no Brasil é estimado em 30 mil toneladas ao ano, 3 mil das quais acabam jogadas na natureza, na forma de solados, por exemplo. Com a instalação da recicladora em Novo Hamburgo, a Coim Brasil pretende fazer com que anualmente 2,4 mil toneladas de refugos de PU tenham destino adequado.
Atualmente, a forma mais comum de descarte de solas com defeitos e sobras de produção é a colocação em aterros, onde demoram entre quatro e seis anos para começar a se decompor, um processo denominado de hidrólise. A alternativa não é a mais adequada do pontos de vista ambiental ou econômico, pois o material libera elementos químicos e as empresas têm que arcar com os custos de transporte e colocação no aterro. “A reciclagem reduz os gastos e praticamente elimina o passivo ambiental”, informa Cláudio Neves Demar.
Reciclar PU não é novidade para a Coim. A matriz da empresa na Itália detém a tecnologia há dez anos e disponibilizoua ao Brasil com o objetivo de processar as sobras originárias da produção dos clientes exclusivos que, possam vir a estimular outras empresas fornecedoras de sistemas de PU a fazerem o mesmo com os seus. “Infelizmente, no Brasil, apenas a Coim possui controle total sobre a utilização de seus produtos”, acentua Demar.
A Coim disponibiliza às empresas, em Novo Hamburgo, um laboratório para controle de qualidade de PU reciclado e também uma injetora para testes de produtos e de matrizes e avaliação de moldes. “Nossa preocupação é ajudar os clientes a obter a máxima eficiência na produção de solados de PU” acrescenta.