O Dardo é o primeiro quiabo
híbrido comercializado no Brasil e chega
aos campos com uma novidade: a
precocidade. Ele inicia a produção cerca
de 30 dias antes dos demais, ou
seja, com cerca de 40 dias após o
plantio é possível iniciar a colheita e,
aos 75 dias, alguns campos já registraram
a colheita de 10 a 15t/ha. As
variedades tradicionais iniciam a primeira produção
aos 70 dias aproximadamente. Esta característica
do Dardo reduz os custos de produção
e dá ao produtor a opção de
cultivar dois ciclos na mesma área e
no mesmo período do cultivo tradicional.
Outra característica que diferencia o produto
e tem atraído a procura por sementes
é a estrutura da planta, que facilita
a colheita e permite o plantio adensado,
além dos frutos pouco fibrosos e maiores
que o padrão (11 cm). Os produtores
que comercializaram sua safra na Ceasa de
Minas Gerais conseguiram também preços mais
elevados.
Lançado no Brasil pela Seminis, há pouco
mais de um ano, o quiabo Dardo tem
frutos do tipo Santa Cruz, de cor
verde bem intenso, e demonstrou nos
primeiros plantios comerciais que atende a
demanda de produção concentrada exigida pelos
produtores. As vendas triplicaram nos primeiros
meses deste ano, em comparação ao mesmo
período do ano passado, segundo informações
da Seminis. O produto já está instalado
nos campos do Nordeste, Paraná e também
nas principais áreas comerciais do país:
Minas Gerais, São Paulo e Rio de
Janeiro, que concentram mais de 50% da
produção nacional. "Em junho, a Seminis
abastece o mercado nacional com uma nova
remessa de sementes, para atender às
encomendas", informa o supervisor de Vendas
Álvaro Peixoto
Fontes:
. SP: Álvaro Peixoto, fone (19) 3705
9300
. MG/RJ: José Ricardo Machado, fone (32)
9893 8967
Em Igarapé/MG, o produtor Waldir dos
Santos Gonçalves plantou e considerou os
resultados "surpreendentes pela rapidez da
produção". Ele também ressaltou a
produtividade e facilidade do manejo, itens
que tiveram a concordância de Jason
Fernandes de Oliveira, de Uraí/PR: "Por
ser uma planta mais ereta e de
folhas recortadas, o manejo é simples e
a lavoura pode ser adensada e ficar
mais arejada, o que dificulta o ataque
de doenças foliares". A colheita também
ficou mais fácil, pois a planta dá
menos galhos que os outros e tem
menos espinhos, afirma Waldir. Ambos conseguiram
realizar boas vendas, comercializando facilmente
toda a safra. Se por um lado o
Dardo conquistou os produtores, por outro
ele já está sendo procurado pelos
comerciantes. "Crocante, saboroso, com menos
fibra e ´´baba´´, o produto caiu no
agrado das donas-de-casa", informam os
atacadistas que compraram as primeiras safras
do produto, que pode ser cultivado o
ano inteiro.