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CLIPPING: SEMINIS

Correio Popular - Economia - Pág.7 - Quiabo híbrido se destaca pela precocidade


Quiabo híbrido se destaca pela precocidade

Maria Fineto
Da Agência Anhanguera

A Seminis —empresa de sementes de hortaliças e frutas, com participação de mais de 30% do mercado nacional—, inicia no próximo mês a venda de sementes do Dardo, primeiro quiabo híbrido do Brasil. A principal vantagem do quiabo híbrido comparado ao quiabo tradicional é a sua precocidade (produz em menos tempo), segundo a empresa, com sede administrativa, em Campinas e a estação experimental da empresa, em Paulinia. “O Dardo inicia a produção cerca de 30 dias antes dos demais, ou seja, com cerca de 40 dias após o plantio é possível iniciar a colheita e, aos 75 dias, alguns campos já registraram a produção de 10 a 15 toneladas por hectare. As variedades tradicionais iniciam a primeira colheita aos 70 dias aproximadamente”, compara Antonio Carlos Pierro, gerente de Pesquisas da empresa. A precocidade explica Pierro, diminui o custo de produção e o produtor ainda tem a opção de cultivar dois ciclos na mesma área e no mesmo período do cultivo tradicional. “Ele ganha em produtividade e também na facilidade de manejo”, emenda Pierro. O Dardo pode ser cultivado o ano inteiro. Ele é um fruto do tipo Santa Cruz, de cor verde bem intenso e tem menos fibra e ‘baba’. A planta do quiabo híbrido também dá menos galhos que os tradicionais e apresenta menos espinhos, o que torna a colheita mais fácil. “O quiabo tradicional tem muito pêlo e espinhos. A estrutura das plantas do quiabo híbrido facilita a colheita e permite o plantio adensado”, explica Pierro. O quiabo híbrido é resultado do programa de melhoramento da Seminis, lançado no Brasil há pouco mais de um ano. Há produtores do Brasil testando a novidade em campos do Nordeste, Paraná e também nas principais áreas comerciais do país: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram mais de 50% da produção nacional - em torno de 80 a 100 toneladas por mês. O produtor Geraldo Ferreira de Almeida, plantou meio hectare do quiabo híbrido na sua propriedade em Atibaia. “Foi um teste para avaliarmos a precocidade e se o produto teria boa aceitação na indústria”, explica o agrônomo Fábio Mendes, responsável pela área de produção e assistência técnica aos produtores da Ati-Gel, empresa de processamento de hortaliças congeladas. Mendes acompanhou desde o plantio, o desenvolvimento das plantas e colheita, o processamento até a comercialização. Ele conta que o plantio do quiabo híbrido começou bem tarde - começo de novembro quando o ideal é setembro. Longe da época mais adequada, os resultados surpreenderam: “não passou de 60 dias do plantio e já estavam colhendo os primeiros frutos”, diz.
ACEITAÇÃO
A primeira colheita rendeu 35 toneladas por hectare. “Considerando a época do plantio, a plantação foi razoável. No caso do quiabo comum, por exemplo, a produção chega a 40 toneladas por hectare”. A aceitação do produto repassado à indústria de congelamento também foi positiva. “A coloração do quiabo híbrido é mais intensa que o quiabo comum. O sabor também é muito superior.” O quiabo híbrido foi repassado para a indústria no mesmo preço do produto tradicional. Se o novo produto será vendido ao consumidos a preços mais elevados do que os comuns , só o mercado responderá. O preço do quiabo pode variar de R$ 1,00 o quilo até R$ 1,50 o quilo, dependendo da variedade, segundo cotação na Centrais de Abastecimento S.A (Ceasa) Campinas. O pacote de mil sementes do Dardo custa R$ 4,00, segundo Pierro.

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