Comunique-se - site - Concerto para entender Villa-Lobos
É para entender as "Bachianas Brasileiras", principal composição de Heitor Villa-Lobos, que a Orquestra Jovem de Campinas (vinculada ao Núcleo de Integração Cultural da Unicamp), mostra ao público da cidade o Concerto "Villa-Lobos: de Bach a Bachiana", dia 15 de outubro, às 21h30, no Espaço Cultural CPFL. A apresentação, que expõe a faceta de um dos mais importantes músicos brasileiros, tem entrada gratuita e faz parte da série de concertos didáticos promovidos pela CPFL.
Dos 18 aos 26 anos, devido às andanças da família, Heitor Villa-Lobos viaja boa parte do país e se familiariza com a temática da música popular brasileira - conhece os reisados, frevos e cantigas de viola. Anota mais de mil temas folclóricos durante essas viagens. Mais tarde, entre 1930 e 1945, une à cultura popular brasileira sua influência clássica, herdada principalmente do compositor e músico alemão Johann Sebastian Bach. Compõe, então - calcado nas influências da música clássica, da cultura popular nacional e com boa dose de ousadia - uma das suas obras mais importantes: "Bachianas brasileiras". .
O Concerto, que conta com as participações dos solistas internacionais Augusto e Alexandra Trindade, mostra justamente essa mesclagem entre a cultura nacional, principal influência de Villa-Lobos, e o seu estudo e fascínio pela música universal de grandes mestres como Bach e Beethoven. "Ele foi influenciado pela vegetação, pela convivência com os índios, pelas praias, pelos violonistas e clarinetistas, mas também viveu e estudou música universal. Dos grandes mestres ele considerava Bach um gênio, e dedicou uma série de obras denominadas ´Bachianas Brasileiras´ a este compositor", explica Simone Menezes, maestrina da Orquestra Jovem. .
As "Bachianas Brasileiras" são um conjunto de nove peças compostas por Villa-Lobos no período de 1930 e 1945 e, fornecem, atualmente grande subsídio para entender a influência de Bach e da cultura popular nacional sobre o músico. "O Villa-Lobos usava como fonte de inspiração desde o canto de um pássaro existente na Amazônia até a influência do chorinho", finaliza Menezes.
Durante a apresentação, os 50 músicos da Sinfônica com idade entre 16 e 26 anos e os dois solistas convidados, vão tocar, durante 50 minutos, a Bachiana nº 4 prelúdio (Villa-Lobos); Concerto para dois Violinos em Ré menor (Bach); Chaconna em Ré menor (Bach); Invenção nº 1 (Bach); Invenção nº 4 (Bach); Invenção nº 8 (Bach); Sonata nº 2 em Mi Bemol (Bach) e Suíte nº 2 (Villa-Lobos).