Depois de passar pelo Museu da Casa Brasileira, em São Paulo (março a abril de 2009), a segunda edição da bem sucedida exposição "Santos=Dumont designer" pode ser vista agora na íntegra pelos campineiros e públicos da região. Mais dinâmica e ampliada, em relação ao formato de 2006, a atual mostra reforça a questão estético-formal na obra do pai da aviação. É patrocinada pela 3M do Brasil e ainda passará por mais duas cidades do interior paulista.
Visitação: de 8 de maio a 28 de junho de 2009, de terça-feira a sexta-feira, das 9h00 às 17h00, sábados, das 9h00 às 16h00, domingos e feriados, das 9h00 às 13h00
Local: MACC - Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti
Av. Benjamin Constant, 1.633 - Centro - Campinas - fone: (19) 2116-0346 e (19) 3236-4716
Entrada gratuita
Visitas orientadas: agendamento (19) 2116-0346
Classificação indicativa: livre
"É um grande satisfação para a 3M trazer esta exposição também para Campinas. As questões que norteiam a obra de Santos Dumont e o aprimoramento coletivo desta nova versão da exposição têm grande afinidade com a 3M, uma empresa profundamente comprometida com a criatividade, com a invenção e a inovação", comenta Luiz Eduardo Serafim, gerente de Marketing Corporativo da 3M do Brasil.
Entre as novidades em 2009 estão também uma animação da experiência de Santos Dumont com o triciclo e a reconstituição do voo do Dirigível nº 6, cuja façanha foi dar a volta ao redor da torre Eiffel, além de filmes do 14 Bis de época e de sua mais fiel reconstituição. Em duas das 12 telas LCD estão os projetos em 3D do 14 Bis e do Demoiselle. A animação da Cavalgada Patriótica, quando Santos Dumont tomou a iniciativa de pedir a desapropriação da área para criar o Parque Estadual de Iguaçu, é outro destaque da mostra.
A exposição conta ainda com modelos em escala dos aviões 14 Bis e Demoiselle, que podem ser vistos voando dentro de dois túneis de vento. Duas centenas de miniaturas do Demoiselle, avião concebido por Santos Dumont e primeira aeronave a ser reproduzida em escala industrial, compõem um céu cenográfico. Uma das salas da mostra é ocupada pelo modelo em escala do Dirigível nº 6 nas proximidades de uma torre Eiffel estilizada, instalada numa base giratória.
Segundo Guto Lacaz, o Brasil tem uma curiosa tradição em aeronáutica, conforme aponta uma tela na exposição com a imagem do santista Bartolomeu Lourenço de Gusmão, o inventor do balão quente. "Cem anos mais tarde nasce Santos Dumont, que iria resolver o problema da dirigibilidade e, atualmente, o Brasil possui uma indústria de aviação com tecnologia de ponta", comenta o artista multimídia que concebeu uma cenografia capaz de traduzir para o público a genialidade e inventividade de Santos Dumont.
Há quase duas décadas, Lacaz descobriu os talentos de Santos Dumont como designer e desde então estudando em profundidade a sua obra. "A beleza do design de Santos Dumont é o resultado da relação entre economia de meios, leveza de execução e clareza de objetivos. Em suma, da simplicidade", diz ele. Além de seu pioneirismo na área tecnológica, motivo de grande orgulho dos brasileiros, o curador aponta como a elegância e a unidade do conjunto da obra de Santos Dumont revelam a multiplicidade de seus talentos. Lacaz observa que Santos Dumont não só projetou como também construiu e pilotou cada uma das 22 aeronaves que criou ao longo de 10 anos. "Portanto tinha consciência total do produto", afirma.
O projeto da mostra envolve figuras relevantes do cenário científico, como Fernando Martini Catalano, PhD em aerodinâmica, professor de Engenharia Mecânica da USP - São Carlos; Henrique Lins de Barros, físico e pesquisador titular do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro; e o mestre François Durant, responsável pelos modelos em escala, a quem a exposição homenageia in memorian. A empresa Elo3 Integração Empresarial, realizadora da mostra, coordena ainda toda a produção do projeto. "Todas as produções apresentam desafios, mas é difícil encontrar um trabalho tão estimulante que evoque tanto a criatividade de toda a equipe", declara Soraya Galgane, diretora da Elo3.
A grafia do nome da mostra escolhida por Guto Lacaz vem da reprodução de uma assinatura do próprio aviador. Descendente de franceses por parte do pai e de brasileiros por parte da mãe, Alberto gostava de expressar que, em sua visão, ambas as nacionalidades tinham igual peso. Em alguns momentos agregou os dois sobrenomes com um hífen (Santos-Dumont), em outros colocou o sinal de igual (Santos=Dumont).
As atrações da mostra
Animações e filmes em 12 telas LCD
- Animação com o triciclo, a primeira experiência de Santos Dumont com a possibilidade de voar. O modelo em escala de um triciclo movido a petróleo suspenso numa árvore prova que o motor a gasolina poderia ser utilizado em um dirigível.
- Reconstituição do Dirigível nº 1, o primeiro dirigível a utilizar o motor a explosão com sucesso.
- Reconstituição do Dirigível nº 6 com o qual, em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont provou que o homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares e conquistou o Prêmio Deutsch.
- Filme de época do vôo do Balão nº 9 (1901-1905), quando Santos Dumont bateu num prédio em Paris e precisou ser resgatado.
- Filme de época do biplano celular de Voisin, puxado por um barco e que serviu de inspiração para o 14 Bis.
- Filme de época do vôo do 14 Bis e filme do vôo da réplica mais perfeita, construída por Alan e Aline Calassa. No dia 23 de outubro de 1906, o 14 Bis voou pela manhã, quando Santos Dumont não conseguiu vencer a prova. No mesmo dia à tarde, o 14 Bis chegou a voar 60 metros, o primeiro vôo de um objeto mais pesado que o ar.
- Filme de época da Lancha nº 18.
- Filmes de época dos vôos de nº 19 e 20.
- Animação do Conversor Marciano, que era um motor para ser colocado nas costas dos esquiadores e que através de cabos produzia o movimento oscilatório nos esquis. Assim, o esquiador se deslocava sem esforço. Santos Dumont leu em HG Wells que em Marte o movimento oscilatório era muito utilizado pelos marcianos.
- Projeto em 3D do 14 Bis.
- Projeto em 3D do Demoiselle.
- Animação da Cavalgada Patriótica, de 1916, quando Santos Dumont viajou pela Argentina e chegou a Foz do Iguaçu, onde descobriu que o local era propriedade privada de Jesus Val, espanhol residente no Paraguai. No dia 7 de abril, partiu a cavalo pela linha telegráfica. Viajou durante seis dias até Guarapuava, onde conseguiu um carro para ir até Ponta Grossa. De trem, chegou a Curitiba no dia 5 de maio. Pediu ao presidente do Estado do Paraná, Affonso Camargo, para desapropriar o local. Em 28 de julho de 1916 foi criado o Parque Estadual do Iguaçu.
Simuladores de vôo do 14 Bis e do Demoiselle
Dois simuladores possibilitam aos visitantes pilotarem cada um dos aviões, com o uso de joysticks.
Túneis de vento
Dois túneis de vento ocupam uma das áreas do museu. Num deles está o modelo em escala do 14 Bis. Como se poderá observar, seu voo parece ser em marcha-ré, exatamente como aconteceu no dia 23 de outubro de 1906 no Campo de Bagatelle, em Paris.
No outro túnel, o modelo em escala do Demoiselle, de 1907, o primeiro modelo de aeronave a ser produzido em série, aproximadamente 200 unidades. Santos Dumont não patenteou nenhuma de suas criações, pois achava que a humanidade poderia e deveria se beneficiar com elas. No caso do Demoiselle, foi além e publicou seus desenhos técnicos, deixando assim as pessoas livres para fabricá-lo. O Demoiselle - que recebeu esse nome por sua graciosidade e semelhança com as libélulas - tornou-se, assim, o primeiro avião popular.
Triciclo, dirigíveis e hidroplano
A exposição apresenta um modelo em escala de um triciclo movido a petróleo suspenso numa árvore, experiência também exibida em tela LCD. Há ainda um modelo em escala do hidroplano construído em 1907 e testado com três flutuadores, além de um modelo em escala do Dirigível nº 6 nas proximidades de uma torre Eiffel estilizada, instalada numa base giratória, lembrando o momento em que, em 19 de outubro de 1901, Santos Dumont provou que o homem podia controlar o seu deslocamento pelos ares, documentado em filme a ser visto numa das telas LCD.
Outras criações de Santos Dumont, além dos engenhos aeronáuticos, são também exibidas, como um hangar com porta de correr e a mesa multifuncional que projetou para trabalhar em sua Casa Encantada (Petrópolis, RJ). O seu próprio figurino é outra atração. Como era um esteta, na definição de Guto Lacaz, fazia questão de desenhar as golas de suas camisas, que lhe davam uma elegância ímpar. A exposição conta ainda com painéis, plantas e desenhos técnicos.
Serviço
Exposição: "Santos=Dumont designer"
Abertura: 7 de maio, às 19h00
Visitação: de 8 de maio a 28 de junho de 2009, de terça-feira a sexta-feira, das 9h00 às 17h00, sábados, das 9h00 às 16h00, domingos e feriados, das 9h00 às 13h00
Local: MACC - Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti
Av. Benjamin Constant, 1.633 - Centro - Campinas - fone: (19) 2116-0346 e (19) 3236-4716
Entrada gratuita
Visitas orientadas: agendamento (19) 2116-0346
Classificação indicativa: livre
Informações:
Pool de Comunicação - Marcy Junqueira
Fone:11.3032-1599 Fax:11.3814-7000
marcy@pooldecomunicacao.com.br
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