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Campinas-SP
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NO PORTO SEGURO, BICHO PAU CRIADO EM CATIVEIRO
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O Colégio Visconde de Porto Seguro, Unidade II, em Valinhos/SP, foi criada pela fundação Visconde de Porto Seguro em 1980 com o objetivo principal de atender os filhos de estrangeiros, particularmente alemães, das empresas da região de Campinas/SP. Hoje tem 2.733 alunos e é uma referência de qualidade no segmento educação. O professor Admir Moreli é o atual diretor da unidade respondendo a Mariana Bataglia, diretora geral do Colégio
Visconde de Porto Seguro que conta com três unidades em São Paulo.
Sua relação com a Comunicativa ACJ teve início em 1994 com a produção de um informativo institucional que logo passou para 4 edições anuais. Desde 1997 conta, também, com Assessoria de Imprensa.
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Os alunos, professores e alguns funcionários de colégios, nos meses de dezembro e janeiro, entram em férias. Na unidade Valinhos do Colégio Visconde de Porto Seguro, porém, os dois meses são de muito trabalho para alguns. Como os professores de Ciências recorrem à manutenção de animais vivos (codornas, abelhas, rãs, enguias, scargots) que precisam ser alimentados exigindo presença constante de funcionários no Colégio.
Ah...é claro que entre os animais está o casal – casal não, já é família – de “Bicho Pau”. Levado pelo professor de Biologia José Maria Chohfi para exemplificar o fenômeno do mimetismo o casal, um dos raros no Brasil vivendo em cativeiro em instituição de Ensino Fundamental e Médio, não faz a menor cerimônia em acasalar-se diante dos olhos de quem quer que esteja diante do terráreo.
Em época de matrículas, antes do início de um novo ano letivo, a Direção da Unidade abre as instalações para visitação dos pais acompanhados pelos professores das respectivas áreas. Durante o passeio pelo espaço a ser vivido no dia a dia pelos filhos alguns pais não resistem a comentários do tipo: “puxa, bem que no meu tempo a escola podia ser assim”.
Espanto maior alguns acabam demonstrando diante do terráreo onde vive o casal de “Bicho Pau” e sua já numerosa prole. Boa parte dos pais que passam por ali jamais ouviu falar, quanto mais ver, um “Bicho Pau”. Com tranqüilidade o professor José Maria explica a razão da manutenção dos animais no Colégio chegando a provocar reações em alguns pais: “assim fica mais fácil entender o que é mimetismo”.
PROJETO “ CRIAÇÃO DO BICHO – PAU”
Nome popular: Bicho-pau
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Orthoptera
Família: Phasmidae
Gênero: Diapheromena
Espécie: Diapheromena femorata
Bicho-pau ou “Cipó seco” ou “Taquarinha” ou “Treme-treme”. No Nordeste conhecido como “Manuel-magro” ou “Cavalinho do diabo”.
O corpo se parece com gravetos de taquara; por isto e pela imobilidade em que se mantém durante longo tempo, são exemplos notáveis de mimetismo (fenômeno que consiste em tomarem diversos animais a cor e a configuração dos objetos em cujo meio vivem para se defenderem dos predadores – Novo Dicionário Aurélio). As espécies mais comuns são dos gêneros Phasma e Bacilus; os maiores espécimes (até 26 cm de comprimento) são dos gêneros Bacteridium, Otocrania e Phibalosoma. Em algumas regiões do Nordeste do Brasil são muito abundantes, a ponto de incomodar a quem se abriga sob algum vegetal onde, pousados às centenas, deixam cair as fezes em gotas, o que constitui um chuvisco bastante desagradável. Algumas espécies ficam imobilizadas por longo tempo na mesma posição, imersas em verdadeiro sono cataléptico, do qual nem mesmo amputações de segmentos conseguem despertá-las.
As poucas espécies aladas voam mal; às vezes só o macho tem asas. Os Fasmídeos alimentam-se unicamente de folhas e brotos; nunca, porém chegam a causar dano nas plantações. Os ovos são postos isoladamente e parecem-se com sementes, com opérculo em um dos pólos.
“Mané-magro”, no Nordeste, parece que se refere em particular ao conjunto que forma a família dos Proscopiideos e que se distingue facilmente dos Phasmideos, por terem aqueles a cabeça muito longa e antenas curtas, ao passo que nos verdadeiros bicho-paus se verifica justamente ao contrário.
Livro: “ O Dilema do Bicho-Pau ”
Autor: Ângelo Machado
Editora: Nova Fronteira – RJ
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