GÁS METANO É OPÇÃO NO COMBATE AO EFEITO ESTUFA
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O Instituto Ambiental Biosfera foi criado em dezembro de 1989, no Rio de Janeiro, originalmente sob a denominação da Sociedade Brasileira para Valorização do Meio Ambiente. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos tendo como objetivo maior a promoção de ações e iniciativas voltadas para o Desenvolvimento Ambiental do Brasil, incluindo especial atenção no que concerne à realização de programas, projetos e eventos destinados à cooperação técnica e intercâmbio nacional e internacional nas Áreas Ambientais e de Desenvolvimento Sustentável. A entidade tem, também, uma forte atuação no planejamento e coordenação de programas de cursos, treinamento e capacitação na área ambiental, com atuação em todo o território nacional.
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A tecnologia de recuperação existe comercialmente nos Estados Unidos desde 1975. Hoje, no mundo, são cerca de 900 aterros que extraem o biogás. Quando não aproveitado, o metano escapa para a atmosfera, contribui para o aquecimento do planeta, e ainda, em áreas adjacentes a aterros sanitários, há o risco de explosões por ser altamente inflamável. O gás metano recuperado, depois de tratado, pode ser utilizado em caldeiras, queimadores, fornos ou ainda gerar energia elétrica, por meio de turbinas ou mini turbinas a gás, para ser consumida no próprio aterro ou ser vendida para o mercado de energia elétrica. O biogás, após o tratamento de desidratação e compressão, pode também ter as mesmas utilizações do gás natural, inclusive para uso veicular.
Segundo Jean E. Bogner, presidente da empresa Landfills Inc., de Chicago/EUA, a unidade da Nestlé, localizada em Ohio, nos Estados Unidos, utiliza o gás metano recuperado de um aterro sanitário que fica a quatro quilômetros de distância. O gás é transportado por tubulações e, na indústria, ele é empregado como combustível para a geração de energia elétrica. “O Brasil, devido ao seu clima úmido e quente, aliado às características do lixo (majoritariamente formado por resíduos orgânicos) favorece a recuperação do gás metano dos aterros em menor tempo”, diz Jean, que apresentou seu trabalho durante o penúltimo dia do Simpósio Ambiental.
No Brasil, a recuperação do metano gerou experiências bem sucedidas, como a do aterro do Caju, no Rio de Janeiro, que forneceu biogás para a Comlurb distribuir comercialmente durante 10 anos. Outra boa experiência com o biogás no País foi realizada na cidade de Natal (RN), em 1986, onde o produto era aproveitado para alimentar uma cozinha comunitária e utilizado também como combustível na torrefação de castanhas de caju.
O Simpósio
O 1º Simpósio e Exposição Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Municípios Industriais acontece de 20 a 23 de maio na cidade de Paulínia/SP e é considerado o maior evento técnico e político neste segmento. Estão reunidos cerca de 1.200 inscritos, 90 conferencistas nacionais e estrangeiros, representantes de mais de uma centena de municípios industriais brasileiros, dezenas de indústrias e várias delegações estrangeiras. Ao final do encontro, será elaborada a Carta de Paulínia, um documento com as conclusões e recomendações que serão divulgadas, amplamente, no Brasil e no exterior. Os organizadores acreditam que este documento será um importante referencial para os municípios industrializados implantarem programas preventivos.
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