DESASTRES NATURAIS DÃO PREJUÍZO DE US$ 480 BI
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O Instituto Ambiental Biosfera foi criado em dezembro de 1989, no Rio de Janeiro, originalmente sob a denominação da Sociedade Brasileira para Valorização do Meio Ambiente. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos tendo como objetivo maior a promoção de ações e iniciativas voltadas para o Desenvolvimento Ambiental do Brasil, incluindo especial atenção no que concerne à realização de programas, projetos e eventos destinados à cooperação técnica e intercâmbio nacional e internacional nas Áreas Ambientais e de Desenvolvimento Sustentável. A entidade tem, também, uma forte atuação no planejamento e coordenação de programas de cursos, treinamento e capacitação na área ambiental, com atuação em todo o território nacional.
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Entre os anos de 1990 e 1999 foram registrados 53 grandes desastres naturais no mundo, que geraram prejuízos da ordem de US$ 480 bilhões. O índice é pelo menos 30 vezes maior que o identificado na década de 60, afirma Cláudio José Ferreira, diretor geral do Instituto Geológico, órgão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Ferreira, que apresentou a palestra "Análise de Risco no Contexto de Perigo Geológico" durante o 1º Simpósio e Exposição Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Municípios Industriais, que termina hoje em Paulínia/SP, afirma que o aumento do número de desastres naturais está intimamente relacionado com a desordenada ocupação territorial e a falta de estudos de impacto ambiental mais elaborados em regiões industrializadas.
Dos desastres registrados entre os anos de 1990 e 1999, pelo menos 90% das vítimas estavam situadas em países subdesenvolvidos. "Entre os fatores de vulnerabilidade está a densidade populacional", explica. O diretor explica que o trabalho de análise de risco implica na busca de métodos de gerenciamento de riscos. "Por meio de tecnologias é possível criar sistemas de recuperação de danos ambientais ou programas de evacuação populacional, por exemplo. Vale lembrar que os investimentos públicos em emergências são mais onerosos do que os gastos com ações preventivas", completa.
Um dos mais recentes trabalhos elaborado pelo Instituto Geológico, ainda em fase de análise, investiga as várias faces geológicas da recém-instituída Região Metropolitana de Campinas. "Um dos estudos que fizemos foi o de identificar áreas ideais para dispor resíduos sólidos", conta Ferreira. O levantamento será finalizado no próximo mês. A metodologia utilizada cruza dados, como, por exemplo, de quais efeitos um determinado risco poderá causar, com aspectos de vulnerabilidade e a interpretação de imagens de satélite. Além da região de Campinas, um levantamento semelhante está sendo realizado no litoral paulista.
Evento ambiental
O 1º Simpósio e Exposição Internacional sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável em Municípios Industriais acontece de 20 a 23 de maio na cidade de Paulínia/SP e é considerado o maior evento técnico e político neste segmento. Estão reunidos cerca de 1.000 inscritos, 90 conferencistas nacionais e estrangeiros, representantes de mais de uma centena de municípios industriais brasileiros, dezenas de indústrias e várias delegações estrangeiras. Ao final do encontro, será elaborada a Carta de Paulínia, um documento com as conclusões e recomendações que serão divulgadas, amplamente, no Brasil e no exterior. Os organizadores acreditam que este documento será um importante referencial para os municípios industrializados implantarem programas preventivos. A promoção é do Instituto Ambiental BIOSFERA.
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