CAMPINAS/SP
De olho no futuro: Healthtechs crescem e revolucionam o mercado de saúde para idosos.
Adoção de soluções como machine learning, telemedicina e IA vêm impulsionando a tendência de oferta de serviços inovadores para idosos
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos — cerca de 16% da população global — até 2050, sendo que o Brasil será o sexto país com o maior número de pessoas acima de 60 anos no mundo. Neste percurso, a estimativa de vida dos brasileiros está aumentando, já que as projeções apontam que em três décadas, as mulheres viverão entre 96 e 100 anos, enquanto os homens entre 86 a 87 anos de idade.
Outro dado importante é que a população brasileira será de 232,5 milhões de habitantes em 2042, sendo 57 milhões de idosos (24,5%). Deste modo, observamos inversão no cenário demográfico do país, pois o percentual de com 60 anos ou mais vai ultrapassar o de adolescentes de 14 anos, onde serão muitos e viverão mais. Diante desta certeza devemos pensar não em quando vamos envelhecer, mas em como vamos envelhecer.
A partir destas e demais informações coletadas em nosso painel “Inovação na Saúde”, podemos afirmar que teremos impactos diretos e potenciais advindos do envelhecimento da população, seja no mercado de trabalho ou no desempenho econômico do país. Serão diversas as pressões tributárias e fiscais nas próximas décadas, à medida em que será preciso pensar novos modelos para manter sistemas públicos de previdência, assistência social e saúde eficientes para pessoas idosas.
Além disso, toda esta dinâmica já descortina um ambiente onde os cuidados com o envelhecimento e hábitos saudáveis já não são mais uma novidade, mas uma realidade imediata e necessária. A tecnologia aplicada à saúde, nesse contexto, vem proporcionando uma série de benefícios diretos à população idosa, como melhora na qualidade de vida, redução de custos, agilidade e oferta diversificada de serviços.
Mais e mais startups, assim como grandes empresas ao redor do mundo, estão aportando recursos em soluções tecnológicas com foco na saúde dos idosos. Desde 2014, já foram investidos mais de US$ 430 milhões em capital de risco destas startups no país.
As empresas vêm investindo pesado em parcerias para ampliar a oferta de programas preventivos e de bem-estar via healthtech, contribuindo para colocar esta camada da população no centro do processo tecnológico. Movimentos que trarão benefícios para quem realmente importa, o paciente.
Afinal, o que é uma Healthtech?
Empresa de tecnologia ou startup que oferece soluções relacionadas à saúde, a partir da aplicação de conhecimentos médicos e de engenharia para a resolução de demandas do setor. Uma healthtech inclui desde banco de dados, equipamentos, medicamentos, vacinas, plataformas, dispositivos, atendimentos e procedimentos médicos até a melhoria geral dos sistemas médicos.
Além disso, a convergência de Inteligência Artificial e Big Data permitem que os médicos encontrem novos padrões de dados e soluções, trazendo inovação e colocando pressão nas empresas tradicionais de saúde já atuantes no mercado.
Números: Healthtechs Mundo
Projeção de faturamento global de US$ 504 bilhões até 2025.
Investimentos de US$ 4,5 bilhões no primeiro trimestre de 2020.
Healthtechs de saúde mental atingiram faturamento de US$ 576 milhões entre janeiro a março de 2020, superando o recorde trimestral anterior em mais de 60%.
Números — Healthtechs Brasil
Aumento de 87,1% no volume de healthtechs no Brasil entre 2010 a 2019 (vide gráfico abaixo).
Entre 2018 e 2019, o volume de empresas cresceu 118%, passando de 248 para 542.
Em 2020, já são 747 healthtechs ativas e que receberam US$ 106,4 mi em aportes.
De janeiro a março de 2021, já foram investidos US$ 90 milhões.
Em sua maioria, as healthtechs brasileiras se concentram na Região Sudeste (64,4%) e Sul (21,80%), seguidas pelas Regiões Nordeste (9%) e Centro-Oeste (4,8%).
O mercado de Health se divide em 3 grandes blocos: prevenção, diagnóstico e tratamento. Elas podem estar em diferentes plataformas, focos de negócios e modelos de negócios. No Brasil, as áreas de Gestão e PEP (Prontuário Eletrônico do Paciente) ganharam mais força nos últimos tempos. Startups desses setores representam hoje 25,1% das heathtechs no país, seguidas por empresas voltadas para o acesso à informação (17,3%) e marketplace (13,7%).
LEIA MAIS
https://medium.com/esentia-brasil/de-olho-no-futuro-healthtechs-crescem-e-revolucionam-o-mercado-de-sa%C3%BAde-para-idosos-5a94987cb2d2 (COPIE E COLE)
|
|