A nova sede da Transportadora Irmãos Mosca em Ribeirão Preto (SP) já está funcionando a todo vapor. Apostando no mercado da região, a empresa, buscou recursos próprios para a construção que garante o aumento volume de carga transportada. O investimento total para finalização da obra foi de R$500 mil e a perspectiva é de aumentar para 1,3 mil ton/mês a movimentação de carga da antiga sede que chegava a 800 ton/mês, correspondendo um acréscimo de 65%. “A nova sede de Ribeirão Preto é resultado da nossa capacidade e planejamento”, afirma Evandro Mosca, diretor da transportadora .
Foram construídos 375 m2 de escritórios e 1200 m2 para o terminal que possui doze docas sendo que duas funcionam através de um sistema mecânico que permite igualar a altura da doca a altura da carreta. Com essa nova estrutura o trabalho dos carregadores se torna mais fácil agilizando o processo de carga e descarga de mercadorias.
A armazenagem da nova sede terá uma estrutura porta-palete, que permite o armazenamento vertical da carga permitindo um melhor aproveitamento do espaço útil destinado ao depósito onde fica estocada a carga até ser distribuída. A movimentação de veículos também foi facilitada através de uma ampla área asfaltada que facilita a manobra do caminhão para entrar e sair das docas.
Preocupados com seus funcionários e com a carga confiada pelos clientes, a Mosca investiu em sitemas de última geração em segurança. Através de um monitoramento, a empresa terá o controle de movimentação de pessoas e veículos que estiverem dentro da sede. Além disso, todos caminhões possuem um sistema de rastreamento via satélite para acompanhar o trajeto do veículo durante o transporte de carga.
Entrando na rotina...
A Transportadora Irmãos Mosca faz cerca de 40 viagens por mês da matriz, situada em Campinas, até a sede de Ribeirão Preto. Os repórteres Gilberto Gonçalves e Eduardo Caruso acompanharam Oscar de Souza (45), motorista da transportadora há mais de 8 anos, em uma dessas viagens. Depois do esforço e corre-corre do pessoal responsável por carregar a carreta, logo ao sair, o motorista mostra sua experiência e habilidade ao manobrar o possante cavalo-mecânico da Mercedez Benz que pesa cerca de 15 toneladas engatado a uma carreta pesando cerca de 13 ton, e com um comprimento total de 18 metros. O motorista preenche a ficha de saída, na portaria, pega o malote e os 132,50 reais de pedágio. Às 3h25min, é a hora de sair para mais uma viagem para a sede de Ribeirão Preto. Como costume, Oscar faz o sinal da cruz e pede proteção à Deus em mais uma viagem. Segundo ele, a estrada é muito cruel com o motorista. "Não existe motorista bom", ironiza Oscar.
O motorista entra na rodovia Anhanguera (SP 330) e passa pelos municípios de Sumaré, Nova Odessa, onde pára no primeiro pedágio. É pago 4,40 reais por eixo, totalizando 22 reais (5 eixos). Logo a frente vem Americana, Limeira e mais um pedágio o preço por eixo agora é 3,6 reais, mais 18 reais. Em seguida Rio Claro, Araras e Leme, onde Oscar tem que parar para outro pedágio, desta vez o preço por eixo é de 2,30 reais que vai custar 11,50 reais no total.
Na próxima cidade, Pirassununga, mais precisamente no km 207 da rodovia, uma parada no Posto Rossin, para um rápido cafezinho e ir ao banheiro. Ao parar o motorista pega um teclado ligado a central de monitoração de rastreamento, que acompanha o percurso do caminhão para detectar um eventual problema e prevenir roubos de carga. Oscar pede autorização para fazer a parada e logo vem o “OK” da central . Foram gastos cerca de dez minutos no posto e logo, o motorista continua a viagem onde também é obrigado a parar em mais um pedágio, é o 4º e mais uma vez 11,50 reais (2,30 por eixo). Seguindo viagem passa por Descalvado, Porto Ferreira, Santa Rita do Passa Quatro e São Simão, onde possui o último pedágio até chegar em Ribeirão, mais 22 reais (4,40 por eixo).
Agora é só passar por Cravinhos e fazer uma parada tradicional no posto Bandeirante, situado no km 304 da rodovia, já no município de Ribeirão Preto, onde segundo Oscar o pastel de carne é o preferido dos caminhoneiros. Ao entrar em Ribeirão as 7h30min, logo o caminhão aponta para o portão do depósito da Transportadora Mosca, foram praticamente quatro horas de viagem.
Em vinte minutos os carregadores descarregam as 12 toneladas de carga trazidas da matriz, em Campinas e carregam cerca de 3 toneladas para serem retornarem à matriz. Esse peso permite que o caminhão retorne a Campinas com apenas quatro eixos, economizando cerca de 9 reais de pedágio. Na Volta há pedágios nas cidades de São Simão onde são pagos 17,60 reais (4,40 reais por eixo); Pirassununga, 9,20 reais (2,30 por eixo); e em Leme mais 9,20.
Uma parada para mais um cafezinho no posto Diné km 250 da rodovia Anhanguera e retornar a Campinas. O caminhão chega a Transportadora Mosca por volta das 13 horas. Oscar saúda os amigos entrega o malote e recorre ao quadro de escala para averiguar qual será a próxima viagem.
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