INFECTOLOGISTA DA PUC-CAMPINAS: OS RISCOS DA LIBERAÇÃO
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CAMPINAS/SP
Infectologista da PUC-Campinas cobra “responsabilidade individual” após flexibilização das regras contra a pandemia na RMC
Comércios e serviços poderão funcionar com 100% da capacidade e sem horário limite a partir desta terça-feira (17)
A região de Campinas, que exibiu queda de casos de coronavírus na 32ª Semana Epidemiológica, entra, nesta terça-feira (17), em uma nova etapa de enfrentamento da pandemia. Até outubro, comércios e serviços poderão operar com 100% da capacidade e sem horário limite. Para André Giglio Bueno, infectologista da PUC-Campinas, a flexibilização das regras exige responsabilidade individual para impedir o avanço das contaminações. (VEJA NOTA COMPLETA)
Na avaliação do médico, publicada em nota técnica do Observatório PUC-Campinas, a percepção de risco da população é muito ruim. “É necessária uma melhor compreensão das atividades que oferecem maior ou menor ameaça. Por exemplo, frequentar um restaurante fechado com pouca ventilação não é seguro, apesar da liberação para seu funcionamento”, avalia Giglio.
Mesmo com a redução exponencial de casos nas últimas semanas, incluindo a 32ª Semana, que viu sua taxa de contaminação cair em 8,6% (DRS-Campinas), o infectologista afirma que é preciso cautela. “Cerca de 39% das amostras sequenciadas do Estado de São Paulo no mês de julho correspondem à variante delta. São dados muito preocupantes, porque podemos vir a enfrentar situação semelhante à de outros países em algumas semanas”, destaca.
Apesar das taxas decrescentes de infecções na região, a análise do Observatório PUC-Campinas apontou leve aumento no número de mortes. Foram 211 óbitos entre 8 e 14 de agosto, 2,4% a mais em relação à semana anterior. Em Campinas, que tem o terceiro maior índice de óbitos do DRS-Campinas – 358,9 por 100 mil habitantes –, a alta foi de 14% depois de 65 pacientes terem falecido em decorrência de complicações da doença.
Do ponto de vista econômico, embora o avanço da vacinação alimente expectativas positivas, a ameaça do variante delta tem causado preocupações nos mercados financeiros, diminuindo as previsões de crescimento da demanda por bens e serviços no mundo. Para o economista Paulo Oliveira, outros aspectos criam sinais de alerta. “Preocupa o aumento dos preços num contexto de elevada taxa de desemprego, além da ameaça de disseminação do variante delta no Brasil. No momento, a confiança e o desempenho das pequenas indústrias continuam positivos, ao mesmo tempo em que o número de vacinados tem atingido patamares mais elevados”, afirma o professor extensionista.
Os dados atualizados da covid-19 nos municípios paulistas, incluindo a RMC, podem ser obtidos no Painel Interativo do Observatório: https://observatorio.puc-campinas.edu.br/covid-19/.
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