Campinas/SP - Terça, 26 de novembro de 2024 Agência de Notícias e Editora Gigo Notícias  
 
 
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PCJ APONTA CUSTOS COM A MÁ GESTÃO DE RESÍDUOS  


A AGÊNCIA DE NOTICIAS E EDITORA CLICKNOTICIA assumiu, a partir de 2021 as funções que desde 1996 a Comunicativa atuava no mercado de comunicação com características próprias de Agência de Notícias e Editora. Assim, também como agência e editora, a CLICKNOTICIAS se propõe a levantar informações de interesse jornalístico, na macro região de Campinas, espontaneamente ou por demanda para difundí-las através do site www.clicknoticia.com.br. Como Editora ela coloca à disposição de instituições públicas ou privadas o seu corpo de profissionais para produção de publicações jornalísticas em todas mídias disponíveis. Ao conhecer a empresa e suas necessidades no setor de comunicação, podem ser sugeridas ferramentas através da elaboração de um Plano de Comunicação, incluindo jornal para os funcionários, publicações institucionais ou específicas para os clientes, produção de conteúdo para sites, criação de hubs e sites responsivos, entre outras. Esse trabalho é pautado por critérios profissionais e éticos acim a de tudo. A Comunicativa Assessoria e Consultoria Jornalística foi criada como prestadora de serviços jornalísticos em abril de 1996 em função da demanda de profissionais capacitados para interrelacionar o segmento corporativo e os veículos de comunicação jornalística. Fone/WS: (19) 987-835187 - (19) 99156-6014


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CAMPINAS/SP


Má gestão de resíduos no Brasil pode custar até 15 Bilhões de dólares ao país
Apenas o custo com meio ambiente e saúde pública somam quase US$ 1 Bilhão e foram debatidos em evento do Consórcio PCJ.
A cada ano o Brasil gera mais toneladas de resíduos e mesmo com a ampliação da porcentagem do total destinado corretamente, o volume com destinação inadequada segue tendência de alta, como verificado na última década, cujo o amento desse índice foi de 16%, o que gerou 1 Bilhão de Dólares de custo com danos ambientais e de saúde pública, além de 14 bilhões em perdas com produtos potencialmente recicláveis. Esses e outros dados foram debatidos no Encontro Técnico sobre Gestão de Resíduos Sólidos e o Novo Marco Legal do Saneamento, realizado pelo Consórcio PCJ, com o apoio do Consimares, na tarde da última quinta-feira, dia 30.

Os dados acima foram mencionados durante o evento pelo diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) e da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), Carlos Silva, que ainda completou que o país gera hoje 79 milhões de toneladas de resíduos e que esse volume deve saltar para 100 milhões até 2033, o que a permanecer a postura de gestão atual, pode consumir 55 anos para erradicar os lixões no Brasil.

Silva defendeu a instituição de uma tarifa para custear os serviços de coleta, separação e destinação de resíduos nos municípios, que hoje não possui recursos específicos para isso, ficando a cargo dos orçamentos municipais pegarem verbas de outras áreas para realizar o serviço. “A cobrança de coleta de resíduos não se trata de imposto, mas o pagamento de um serviço público de coleta e destinação adequada desses resíduos”, atentou o presidente da ABRELPE.

O financiamento dos custos para a execução adequada da gestão de resíduos também foi defendido como o grande desafio atual da área pelo advogado especialista em Direito de Resíduos e Direito Ambiental, Fabricio Soler. “Há toda uma logística para a coleta e destinação dos resíduos, mas lamentavelmente não se tem clareza sobre isso por parte da população. Toda essa estrutura tem um custo, do qual o usuário tem de pagar por ele para que os recursos dos municípios sejam enviados para outros setores tão importante quanto”, defendeu.

Soler ainda apresentou a informação de que dos 5.570 municípios brasileiros, cerca de 3 mil não fazem destinação adequada dos resíduos coletados e que uma solução para melhorar esses dados, veio junto com o Novo Marco Legal do Saneamento, com a regionalização dos serviços. “Acredito que a gestão regionalizada tende ser mais na disposição final, com sistema de triagem mecanizados regionais, não necessariamente por municípios e aterros regionais. Desde a aprovação do Novo Marco, o país já conta com 131 blocos regionais organizados em 23 estados, na área de água e esgoto, o que dá uma boa sinalização”, explicou.

A outra palestrante do encontro técnico foi a professora e pesquisadora associada à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Emília Rutkowiski, que defendeu a urgente necessidade de mudança de comportamento em relação à visão que se tem sobre resíduos. “A palavra lixo deveria ser considerada um palavrão no dicionário da língua portuguesa, tanto que a legislação não usa esse termo. Quando tenho algo e digo que essa coisa não me serve mais, o que eu penso e faço no momento seguinte vai fazer que isso seja lixo ou resíduo. Se eu misturo tudo e jogo fora, esse ato produz lixo, quando penso no local adequado para colocar aquilo, temos resíduo”, exemplificou.

Emília também destacou que a gestão de resíduos só dará resultados concretos se a comunidade também for capacitada sobre novos hábitos de consumo e descarte. “Quando dizem que o cidadão médio brasileiro não muda o comportamento eu tendo a acreditar que sim, a covid-19 trouxe exatamente isso que somos capazes de mudar hábitos”, disse.

O Encontro Técnico sobre Resíduos ainda contou com a participação na abertura do evento do Presidente do Consórcio PCJ e prefeito de Limeira (SP), Mário Botion, do vice-presidente do Programa de Saneamento e Resíduos e Prefeito de Saltinho (SP), Helio Franzol Bernardino, e do secretário executivo da entidade, Francisco Lahóz. A condução dos debates ficou a cargo do coordenador de projetos do Consórcio, José Cezar Saad.
“O debate acerca da destinação mais sustentável dos resíduos gerados pelo comportamento em nossas residências e no dia a dia em nossas cidades é crucial para buscarmos um desenvolvimento pujante, com responsabilidade ao meio ambiente”, comentou Botion.

O prefeito de Saltinho, assim, como a professora Emília, atentou para a necessidade de sensibilização da comunidade sobre o tema. “Nosso desafio não é só a coleta e destinação adequada de resíduos, mas a conscientização das pessoas sobre a importância do tema”, sublinhou.

O secretário executivo do Consórcio PCJ pontuou sobre os debates envolvendo a atualização da legislação. “Nós temos de debater e fazer a reflexão se o novo marco legal irá contribuir ou prejudicar as coisas que vinham se dando muito bem com a Política Nacional de Resíduos”, ponderou Lahóz.

O Encontro Técnico sobre Gestão de Resíduos Sólidos e o Novo Marco Legal do Saneamento está disponível para ser assistido no canal do YouTube do Consórcio PCJ: https://youtu.be/vd8PB0PdUHk
Sobre o Consórcio PCJ:
O Consórcio PCJ, fundado em 1989, é uma associação civil de direito privado, composta por 40 municípios e 24 empresas associados, que atua como uma agência de fomento, planejamento e sensibilização, com o objetivo de recuperar e preservar os mananciais, além de discutir a implementação de políticas públicas voltadas à gestão da água. A entidade é referência nacional e internacional na gestão de recursos hídricos, sendo membro de importantes entidades internacionais, como: O Conselho Munidial da Água, a Rede Internacional de Organismos de Bacias (Riob), a Rede Latino-Americana de Organismos de Bacias (Relob) e a Rede Brasil (Rebob).
 

 
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