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Reprodução fotográfica da página do Correio Popular de 12 de julho de 1981

CAMPINAS/SP


EXATOS 41 ANOS DEPOIS
A MANCHETE CONTINUA A MESMA

“NOVÍSSIMO TESTAMENTO”. SÓ FALTA SER EDITADO

Em 12 de julho de 1981, eu era repórter do jornal Correio Popular de Campinas. Fazia seis meses que completara 30 anos. Tinha como chefe de redação o jornalista Antônio Carlos Di Júlio; como secretário de redação, Carlos Tôntolli e como diretor de redação Paulo Scolfaro. Todos de cabeça aberta às sugestões de pauta dos repórteres que ocupavam o quarto andar do prédio na Rua Conceição 824, no centro de Campinas.
Era tempo de redação barulhenta pelo teclar das máquinas de escrever Olivetti E de muita fumaça dos quase todos jornalistas fumantes. Era tempo de sair às ruas em busca de matérias, de furos. A única facilidade comunicativa da época era o telefone. A ajuda tecnológica vinha do gravador um verdadeiro tijolo com fita cassete. Aos fotógrafos cabia a árdua tarefa de encher a câmera com filmes de no máximo 36 quadros e só ver o resultado depois da revelação e ampliação no laboratório do jornal no terceiro andar.

Nas buscas por novidades descobri que havia um senhor que guardava um documento no cofre do banco Bandeirantes na praça do Largo do Rosário. Espreitei alguns dias até ver o senhor baixinho carregar um pacote embrulhado em pano branco saindo da agência. Logo na primeira abordagem fui surpreendido por ele e mais ainda por sua revelação quanto ao conteúdo: “É o Novíssimo Testamento que eu estou escrevendo e os originais ficam guardados no cofre do banco”.

Em poucos dias eu estava na casa dele na Rua Dr. Quirino 820, no centro de Campinas, há duas quadras do prédio do Correio Popular. A visita profissional foi acompanhada pelo fotógrafo Augusto Gonçalves de Paiva e depois de editado o material rendeu página inteira na edição de 12 de julho de 1981, há exatos 41 anos.

DO PASSADO AO PRESENTE PELA INTERNET
Foi na conta do Facebook que o nome Marcos Mielli chamou a atenção. O sobrenome mais especificamente aguçou a curiosidade jornalística. Primeira iniciativa foi buscar o arquivo de material publicado em tempos passados. A página do jornal Correio Popular está amarelada característica típica de papel jornal envelhecido. Depois foi marcar encontro e chegamos à mesma casa de 41 anos antes. Mostrei a página do Correio Popular ele disse que também tinha uma. Depois de algum conversa acabou me presenteando com dedicatória o primeiro livro já publicado do Novíssimo Testamento – “Princípios de Espiritismo ou Exame da Verdades Evangélicas” – 1ª. Edição – de Joelsus. Mas ficou nisso apenas a minha intensão de atualizar a matéria de 1981 do Correio Popular. A família não tem interesse em tornar pública a situação da obra iniciada por Dovílio Mielli naquele ano.

A leitura do livro presenteado é difícil. Logo na abertura há uma informação ao leitor: “Os algarismos romanos e arábicos usados nas margens desta obra são referências dos Capítulos e dos Versículos, nos devidos termos, da Bíblia Sagrada pelo padre Antonio Pereira de Figueiredo. A seguir vem “Prolegômenos – Joelsus – suposto nome de Jorge Gabriel de Jesus, sendo enterrado seu corpo físico em 9 de m arço de 1931, na cidade de Coroados. Comarca de Birigui, Estado de São Paulo, Brasil”. Depois, a Primeira Parta: “Fora da caridade não há salvação” – 28-5 MCMXXX.

Diante do que consta no livro que seu corpo físico foi enterrado em Coroados, buscamos informações sobre o sepultamento no Cartório de Registro Civil de Coroados. A emissão de uma certidão segundo a funcionaria só seria possível pessoalmente. Como Coroados fica a mais de 600 km de distância de Campinas a ida foi adiada.

Como a família não permitiu a menor abertura para informações sobre a obra fundamentar hoje o que não fizemos e em 1981 e buscamos a Arquidiocese de Campinas e CNBB com o seguinte questionamento:

A HISTÓRIA

Em 1981 escrevi matéria, publicada em página inteira na edição de 12 de julho, do jornal Correio Popular (reprodução fotográfica anexa). O título: ´Novíssimo Testamento". Só falta ser editado. Como boa parte das matérias jornalísticas, foi um achado de encontro casual do repórter com o autor do documento, Dovílio Mielli. A matéria foi publicada e nunca mais se falou no assunto.

Quarenta e um anos depois, este jornalista (aquele repórter) se confronta com novo achado em encontro casual. agora pelas redes sociais, com o filho do autor Marco Mielli. (foto dele segurando a página do jornal em junho deste ano) A curiosidade jornalística falou novamente e questionado sobre o ´Testamento´ o filho foi taxativo: "Está pronto. Só falta ser editado".
Quanto à edição do documento há divergências familiares. Mas descobri por declarações do filho que o ´Novíssimo Testamento´ continua envolto em pano branco e guardado no mesmo cofre da sala casa no centro de Campinas à rua Dr. Quirino 620.
Pretendo publicar no dia 12 de julho, quando completa exatos 41 anos da publicação da matéria no Correio Popular, uma nova matéria afirmando com base nos depoimentos do filhos a existência do documento que agora finalizado como ele disse, continua esperando apenas ser editado.

QUESTÕES
1 - O que pode ser considerado um "Novíssimo Testamento"?
2 - É possível que a obra do autor seja considerada um "Novíssimo Testamento"?
3 - O que seria necessário para que obra, depois de colocada a público fosse considerada um "Novíssimo Testamento"?
4 - A CNBB e a Arquidiocese tem interesse em conhecer a obra para solicitar à família sua liberação para avaliação?
5 - Ou outro posicionamento que julgue pertinente diante da divulgação pelo jornalista de que o "Novíssimo Testamento" só falta ser editado como afirmou o jornal Correio Popular em 1981 e diante dos fatos levantados agora 41 anos depois?

Não obtivemos resposta de nenhuma das duas assessorias de comunicação

SOBRE OS TESTAMENTOS

ANTIGO TESTAMENTO: Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Tradicionalmente encontramos que alguns manuais afirmam que foram 40 os autores da Bíblia. Que Moisés foi o autor do Pentateuco, que os Salmos sejam de autoria de Salomão, mas nada existe que confirme isto.
Um pensamento é certo não foi uma única pessoa que escreveu a Bíblia. Muita gente deu sua contribuição e todos estavam unidos pela mesma preocupação: construir um povo irmão, por isso é que se diz que todos os que escreveram a Bíblia foram inspirados por Deus e é nesse sentido que podemos dizer que ela é Palavra de Deus.

NOVO TESTAMENTO: compõem-se por textos das 13 cartas do Apóstolo Paulo, os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João. Sendo assim, incluem as narrativas da vida, ensino, morte e ressurreição de Jesus Cristo formando os Quatro Evangelhos. Por outro lado, também envolve os Atos dos Apóstolos, epístola aos Hebreus e o Apocalipse do apóstolo João. Primeiramente, após sua escrita, manteve-se o Novo Testamento copiado em papiro e pergaminho por cerca de 1500 anos. Entretanto, não existe uma concordância geral entre todas as cópias, assim como não existe um original que sirva como base.

NOVÍSSIMO TESTAMENTO – Publicação com seis volumes e mais de 2.500 páginas por Dovíllio Mielli ou Otiripes que disse à época da entrevista ao Correio Popular: “ Até o fim deste mês (julho de 1981) o Terceiro Testamento está pronto e espero poder editá-lo para derrubar a Igreja com sus falsas tradições religiosas. Mas ela só poderá ser editada em 1982 pois ainda vai acontecer uma coisa muito boa em favor da obra.” – Campinas/SP

PREVISÃO NÃO REALIZADA
A previsão de Dovílio MIelli que teria sido mensagem enviada de seu inspirador acabou não se concretizando em 1982 e nem nos 40 anos seguintes.
O Terceiro Testamento ou Novíssimo Testamento como o autor denominou sua obra
ESTÁ PRONTO E SÓ FALTA SER EDITADO.

 

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