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E PARIS ESPEROU A NEVE MAS SÓ FICOU MESMO A GREVE  


A AGÊNCIA DE NOTICIAS E EDITORA CLICKNOTICIA assumiu, a partir de 2021 as funções que desde 1996 a Comunicativa atuava no mercado de comunicação com características próprias de Agência de Notícias e Editora. Assim, também como agência e editora, a CLICKNOTICIAS se propõe a levantar informações de interesse jornalístico, na macro região de Campinas, espontaneamente ou por demanda para difundí-las através do site www.clicknoticia.com.br. Como Editora ela coloca à disposição de instituições públicas ou privadas o seu corpo de profissionais para produção de publicações jornalísticas em todas mídias disponíveis. Ao conhecer a empresa e suas necessidades no setor de comunicação, podem ser sugeridas ferramentas através da elaboração de um Plano de Comunicação, incluindo jornal para os funcionários, publicações institucionais ou específicas para os clientes, produção de conteúdo para sites, criação de hubs e sites responsivos, entre outras. Esse trabalho é pautado por critérios profissionais e éticos acim a de tudo. A Comunicativa Assessoria e Consultoria Jornalística foi criada como prestadora de serviços jornalísticos em abril de 1996 em função da demanda de profissionais capacitados para interrelacionar o segmento corporativo e os veículos de comunicação jornalística. Fone/WS: (19) 987-835187 - (19) 99156-6014


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CAMPINAS/SP


DO JORNALISTA MARCOS OZORES
DIÁRIO DE PARIS
11 DE MARÇO DE 2023, SÁBADO


O serviço de meteorologia da França previa pequena queda de neve hoje cedinho. As meninas acordaram cedo para poderem ver a primeira nevasca da vida. Neve só é bonito para quem nunca viu. Ainda bem que a previsão errou e não nevou nadica de nada. Neve é bonito para se ver em fotos mas uma desgraceira para quem anda na rua.

Bem, Victoria de Jana saíram cedo direção Montparnasse debaixo de sensação térmica de menos com céu azul e sol brilhante. Eu e Wilma ficamos no apê e marcamos para encontrar com elas, às 15h00, na porta do Musée Carnavalet, no 4éme. Carnavalet é o museu da cidade de Paris, localizado na antiga residência de Maria de Rabutin-Chantal, a marquesa de Sévigné. Mme de Sévigne é referência na literatura francesa como autora epistolar. Ela manteve correspondência por mais de 30 anos com sua filha. Em 1774, a neta de Mme Sévigne, Pauline de Semiane reuniu 664 dessas cartas - de um total aproximado de 15 mil - e, com ajuda do editor Denis-Marius Perrin, de Aix-en-Provence, lançou a primeira edição do livro ‘Lettres de Mme de Sèvigné’, que teve sucesso retumbante e foi sendo reeditado. As atuais edições, trazem 1120 cartas. Críticos literários afirmam que essas cartas influenciaram sobremaneira Marcel Proust na sua saga ‘Em busca do tempo perdido’.

Enquanto esperava, chegar meio-dia para sair do apê, fui acompanhando os preparativos das manifestações marcadas para hoje, sábado, dia 11, contra a reforma da previdência. Decidimos almoçar no Bouillon Republique. Descemos do ônibus 38 as 13h00 no boulevard Sebastobol, mais uma caminhada de 2 km até a ‘Place de la République’. Ao chegarmos na praça, onde está localizado o Bouillon, já havia algumas centenas de pessoas espalhadas pelo local. A passeata iria sair da Place de la Républicque direção a Place d’Italie (4,5 km) agendada para as 14h00. Chegamos no restaurante e encontramos pequena fila, mas logo fomos atendidos. Esse Bouillon deve ter capacidade para atender mais ou menos 500 pessoas por turno. É o maior que já encontrei em Paris com dois andares superlotados. Fico imaginando o tamanho da cozinha para atender todo esse público, ao mesmo tempo.

Hoje, finalmente comi meu ‘steack tartare’ com batatas fritas, pichet de vin rouge de 50 ml, Côtes de Rhone e mousse de chocolate de sobremesa. Wilma pediu entrada e ‘emincé de porc au moutarde avec du riz’. Valor total 18 euros, per capita, acreditem se quiser.
Ao sairmos do restaurante, às 14h20, a passeata começava a descer a Avenue de la République em direção a Bastille e depois para Porte d’Italie. Acompanhamos a manif alguns quarteirões e aí entramos à direita, no Boulevard du Temple, direção ao Musée Carnavalet.

No caminho encontramos a tropa de choque - que havia interditado do boulevard du Temple. Toda vez que as centrais sindicais organizam passeatas, pelas ruas de Paris, a Préfecture de Police coloca tantos policiais como manifestantes nas ruas. E olha que os policiais do choque daqui parecem robôs, de tanta proteção para o corpo, além do fato, que a maioria desses policiais ter bem mais de 1,80 de altura. Parece que você está na terra de gigantes.

As meninas, que haviam ido para Montmartre pela manhã, chegaram hora e meia atrasadas, pois, algumas linhas de metro foram interrompidas e os ônibus também não conseguiram sair de Montmartre, apesar do local não estar na rota das manifestações. Paris continuando a ser Paris. Pior mesmo é o som das sirenes, insuportáveis para meus ouvidos sensíveis.
Bem, entramos no museu as 16h30 e fomos recebidos pelo Luiz XIV, vestido de general romano. O Carnavalet, por ser museu municipal, é totalmente gratuito. A primeira parte é pré-histórica e a antiga Lutetia romana. Daí você percorre as salas com documentação dos primeiros reis franceses e de toda descendência do Clóvis, o primeiro rei dos franceses. Ao todo são 140 salas para você visitar uma grande variedade de peças das mais diversas características, desde relíquias arqueológicas até objetos do cotidiano, passando por maquetes de arquitetura, pinturas, esculturas e outros objetos de arte.

Nosso tempo era curto já que tínhamos hora e meia para percorrer todas as salas. Eu já vim várias vezes aqui mas, para minha sobrinha e amiga, tivéssemos que acelerar o passo para que elas pudessem ter visão geral da história de Paris nos seus melhores momentos. (Abro parêntesis: Isso me fez lembrar de uma peça encenada pelos Parlapatões, na Sampa Desvairada, intitulada PPP@WllmShkspr.Br de autoria dos americanos Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer e tradução da mestra de todas as mestras, Barbara Heliodora. Foi a peça mais divertida que já vi na vida. Fechando parênteses) Até que deu para as meninas terem uma visão geral corrida da história da cidade. Bonito mesmo do Hôtel Mme de Sèvigné são os esplendidos jardins internos.

As 18h00 saímos do prédio, caminhamos quatro quadras até a ‘Place de Vosges’ e flanamos pelas arcadas apreciando as belíssimas galerias de arte moderna que estão dispostas nesse quadrilátero, disputando espaço com os cafés. Para quem aprecia as novidades no mundo da arte, aqui é o lugar certo. Jana, amiga da minha sobrinha, que acompanha seriados coreanos, ao se deparar com uma lata de refrigerante, gigante na vitrine de uma das galerias, me disse que ela assiste a um seriado que sobre o dono de uma galeria de arte em Seul que viaja o mundo atrás desse tipo de arte, um misto de Romero Brito, Andy Warol, Basquiat etc etc etc. Saimos da Place de Vosges pela Rue de Birague e caímos na Rue Saint Antoine. Do outro lado da calçada vimos a placa de um restaurante chinês de Sei Chuan. Foi para lá mesmo que fomos matar a fome depois de tanta caminhada. Deixamos o restaurante pouco depois das 19h30 e caminhamos mais 1,5 km até a Tour de Saint Jacques pegar o 38 e voltarmos para o apê.

Amanhã tem mais.
 

 
 
   
   
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