FILME AMAZÔNICO ´O TERRITÓRIO´ CONQUISTA O EMMY
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CAMPINAS/SP
"O Território”, um filme genuinamente brasileiro, amazônico e que mostra ao mundo todo as atrocidades que vêm sucedendo contra os povos indígenas, acaba de vencer um dos prêmios mais badalados do audiovisual estadunidense: o Emmy (confere aqui, ó: https://lnkd.in/dqbTUxZU).
Por que isso não virou notícia de primeira página ou capa em todos os periódicos brasileiros? Será que teve destaque no JN?
Nem sequer no campo da filantropia, do investimento social e da sociedade civil organizada vi celebrações a respeito.
Além de levar com todo o mérito a estatueta na categoria Mérito Excepcional em Documentário, o filme, que já ganhou Sundance e o Critics Choice Awards, foi indicado em outras duas categorias.
Para ser honesto, fiquei sabendo por um link encaminhado pelo meu marido e, logo depois, pela própria Neidinha, da Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental, que celebrava comigo a vitória por meio de uma mensagem de WhatsApp, enviando fotos como a aqui postada.
Essa apatia, do meu prisma, simboliza algo muito mais contundente. Vai além de achar ou não importante uma premiação estadunidense. Ela reforça o não olhar e o virar de costas para minorias políticas que vivem no dia a dia o pior das injustiças sociais. E contribui para que hoje, quase dois anos depois da estreia documentário, muitas das injustiças sociais denunciadas nele continuem acontecendo - seja entre os Uru-eu-wau-wa, seja por outros povos originários.
Lembro-me de que, quando saí da pré-estreia, em 10.4.22, dei um abraço apertado na Neidinha e na Txai, e falei pra Rachel Añón: “Não vou conseguir ir à recepção do filme no Conjunto Nacional. Preciso assentar as emoções”.
Naquele dia, escrevi aqui, após ler uma bela resenha na Folha (https://lnkd.in/du-r5P4x): “Mas nem tudo está perdido - e é ela [Neidinha] própria quem mostra os caminhos: a mudança depende de cada um de nós sairmos do discurso vazio e agirmos, por exemplo, no papel de cidadãos eleitores neste ano. Acrescento: de nossas bolhas, podemos fazer diferença doando para quem está de fato fazendo muita diferença, como a Neidinha, à frente da Kanindé.”
Então, só me resta aqui:
- dar parabéns, de coração, a todas as bravas pessoas envolvidas na produção do filme (que está disponível no Disney+)
- seguir contribuindo com a Kanindé e outras organizações da sociedade civil (Neidinha já sabe que neste ano passarei uma temporada lá em Rondônia apoiando e aprendendo juntas/os/es em seu desenvolvimento institucional)
- recomendar a toda a rede aqui: assista ao filme, fale sobre ele, celebre esta vitória, doe e apoie quem está na linha de frente na defesa dos povos indígenas.
Se alguém for assistir hoje à noite ao Emmy na HBO Max, lembre-se de que, ao lado de tantas pessoas famosas, temos de tornar famosas por mérito, orgulho e admiração as duas grandes vencedoras brasileiras da premiação deste ano.
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