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BRASIL É SEDE DE PESQUISA SEMINIS NO MERCOSUL
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A Seminis do Brasil foi estruturada como unidade de negócios em 1994 e é a maior empresa de sementes de hortaliças e frutas, com mais de 20% do mercado internacional. Como resultado das aquisições (Asgrow, Petoseed e Royal Sluis), investimentos e estratégias em parcerias, a empresa construiu o mais completo patrimônio genético de hortaliças do mundo. Cerca de 11% do seu faturamento é destinado para a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, representada por uma estrutura de 50 Estações Experimentais de Pesquisa em 17 países. Está presente em mais de 150 países com um mix de quatro mil produtos de 60 espécies. No Brasil, a Seminis detém a participação de mais de 30% do mercado, mantendo uma forte representação em toda América do Sul. A linha de produtos é composta por aproximadamente 120 opções em 34 espécies de hortaliças, comercializada através de uma rede de distribuidores exclusivos e uma forte equipe de assistência técnica. A estrutura brasileira da Seminis é formada pelo Departamento de Pesquisa com duas Estações Experimentais (Paulínia/SP e Carandaí/MG), a unidade de produção e processamento de sementes em Igarapé/MG, além do Centro de Distribuição e do Departamento de Administração e Vendas, sediados em Campinas/SP. Em janeiro/2005, tornou-se subsidiária da Monsanto Company.
. Márcio Nascimento, Gerente Comercial da Seminis
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Texto de Marlene Simareli
A Seminis, maior empresa de pesquisa, produção e comercialização de sementes de hortaliças do mundo, anunciou que sua estação experimental em Paulínia/SP, será sede da Pesquisa na América do Sul. A decisão foi tomada após dois anos de estudos e análises de mercado. Com a opção pela estação paulista, a Seminis desativará a estação experimental de São Joaquim de Bicas/MG.
Segundo Kathy Ward, diretora para as Américas de Finanças e Administração de Pesquisa, os ensaios conduzidos naquela unidade serão transferidos para Paulínia, que receberá um investimento de um milhão e meio de reais em ampliação das instalações, construção de novos laboratórios e casas de vegetação climatizadas, além da contratação de pessoal. Com sede administrativa no país em Campinas, SP, a empresa manterá a estação de pesquisa em Carandaí, e a unidade de produção em Igarapé, ambas localizadas no estado de Minas Gerais.
"As necessidades de mercado e as crescentes oportunidades de negócios oferecidas dentro da América do Sul, a localização da estação paulista na maior região produtora de hortaliças do país, sua proximidade com clientes e instituições públicas de pesquisa foram fatores determinantes na tomada de decisão", explica o Diretor Associado para Pesquisa de Solanáceas, Manoel Rosas. De acordo com Rosas, embora haja o fechamento de uma estação, a
decisão fortalecerá o papel desenvolvido pela pesquisa da Seminis no país, e reforçara a interação científica com os outros pesquisadores da Seminis mundial. que focará o desenvolvimento de novas cultivares de hortaliças para o diversas áreas de cultivo da América do Sul, antes voltado somente para as necessidades brasileiras". Rosas salienta ainda que as estações de Paulínia e Carandaí, por suas localizações geográfica e características climáticas, são complementares e abrangerão toda a gama de pesquisas em hortaliças para climas tropical e subtropical. Ele conclui que "a mudança promovida pela Seminis permitirá o fortalecimento das responsabilidades e atuação de Pesquisa para toda a América do Sul. O Brasil centralizará as atividades científicas com os principais ensaios sendo conduzidos no Peru, Chile, Argentina".
Para Phyllis Himmel, diretora mundial de patologia, as mudanças promovidas pela Seminis beneficiarão também os produtores. Considerando que a pesquisa por resistência genética à doenças é contínua e sempre procura novas resistências para estudas, os produtores terão um maior e melhor acesso a produtos com resitência a doenças e que se adaptem as necessidades locais.
Um exemplo é o recente caso do aparecimento de geminivirus nas principais regiões de cultivo do país. "Quando a doença surgiu no Brasil, a Seminis já possuía um programa adiantado de pesquisa no exterior. A interação entre os cientistas permitiu a rápida identificação de híbridos com boa performance, mesmo sor a pressão da doença nas principais regiões produtores e aumentou significativamente a produtividade nestas condições".
O brasileiro e engenheiro agrônomo Antonio Carlos Pierro assumirá a gerência da Pesquisa para a América do Sul. Pierro possui vasto conhecimento dos mercados da região devido às experiências anteriores na própria empresa nas áreas de Vendas e Desenvolvimento de Produto.
Duas estações para o mundo
As estações experimentais de Pesquisa de Paulínia, SP, e
Carandaí, MG, desempenharão um papel importante para a pesquisa e o desenvolvimento de cultivares destinadas aos países de clima tropical, subtropical e temperado. "Cultivares de hortaliças como cebolas, cenoura, couve-flor e milho doce - desenvolvidas aqui - serão comercializadas na Europa, na Ásia, entre outros", frisa Dennis Miller, diretor mundial de Sementes Básicas.
A unidade de Paulínia está localizada em uma região
estratégica do ponto de vista logístico, pela proximidade com Campinas - 25 km - e São Paulo - 115km. A região é também o maior centro produtor de hortaliças do Brasil, sendo a primeira em produção de tomate destinado ao consumo in natura, com cerca de dez mil toneladas anuais. Os agricultores trabalham com alta tecnologia de cultivo, utilizando sementes e insumos de
última geração e técnicas de manejo e irrigação avançadas. A região também possui características climáticas privilegiadas para a horticultura.
Segundo dados do Cepagri/Unicamp, a altitude é de 674 metros, as temperaturas médias mínima e máxima oscilam entre 11,9ºC (julho) e 29,7ºC (fevereiro), e as médias pluviométricas mínima é de 40 mm, naestação das secas (maio/setembro)emédia máxima de 170 a 260 mm, na estação das chuvas (dezembro/fevereiro). A unidade de Carandaí estálocalizada a 1051 metros de altitude, numa região de clima temperado com temperaturas médias anuais mínimas de 15ºC e máximas de 27ºC. Os índices pluviométricos variam de 49 mm, na seca, e 331 mm, nas chuvas. A região mineira é a segunda produtora de cenoura do Estado, com treze mil e quinhentas toneladas anuais. O cultivo da cenoura em Carandaí é feito por produtores altamente tecnificados. "São estas condições geográficas e econômicas complementares que permitirão à
pesquisa trabalhar com cebola ecenoura, em Carandaí, e as demais hortaliças em Paulínia", afirma Antonio Carlos Pierro, gerente de Pesquisa para a América do Sul.
A Seminis
A Seminis Vegetable Seeds foi estruturada como unidade de negócios em 1994 e é a maior empresa de sementes de hortaliças e frutas, com mais de 20% do mercado internacional. Como resultado das aquisições (Asgrow, Petoseed e Royal Sluis), investimentos e estratégias em parcerias, a empresa construiu o mais completo patrimônio genético de hortaliças do mundo. Cerca de 11% do seu faturamento é destinado para a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, representada por uma estrutura de 50 Estações Experimentais de Pesquisa em 17 países. Está presente em mais de 150 países com um mix de quatro mil produtos de 60 espécies. No Brasil, a Seminis detém a participação de mais de 30% do mercado, mantendo uma forte representação em toda América do Sul. A linha de produtos é composta por aproximadamente 120 opções em 34 espécies de hortaliças, comercializada através de uma rede de distribuidores exclusivos e uma forte equipe de assistência técnica. A estrutura brasileira da Seminis é formada pelo Departamento de Pesquisa com duas Estações Experimentais (Paulínia/SP e Carandaí/MG), a unidade de produção e processamento de sementes em Igarapé/MG, além do Centro de Distribuição e do Departamento de Administração e Vendas, sediados em Campinas/SP.
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