Reduto da boa música brasileira em Campinas, o Tonico´s Boteco tornou-se uma referência cultural no centro da cidade por receber artistas e intelectuais para apresentações, lançamentos e outras reuniões descontraídas. O nome é uma homenagem ao maestro e compositor Antonio Carlos Gomes, cujo apelido era Tonico. O casarão centenário onde está instalado o boteco foi preservado com toda estrutura arquitetônica original, e está localizado em frente a praça Antônio Pompeu, marco zero de Campinas, cercado de referências históricas e culturais. É um ponto de encontro diferenciado na noite campineira: um espaço boêmio onde a informalidade, a sofisticação e o ambiente agradável convivem em harmonia. Na decoração, painéis fotográficos da cidade antiga e posters de obras do maestro. No cardápio, pratos variados que vão desde os acepipes, petiscos e sanduíches especiais até pratos a La Carte. Na parte de bebidas, diferenciais como pingas aromáticas, o stanheguer W Double (exclusividade na cidade) e aperitivos exclusivos, além do chopp e cerveja sempre muito gelados. A casa é do empresário Paulo Henrique de Oliveira, não cobra consumação mínima, aceita todos os cartões de créditos e mantém convênio com os estacionamentos do Carmo e Simopark. Rua Barão de Jaguará - 1373, no Centro, em Campinas / SP. Reservas de mesa e informações pelo fone: (19) 3236 1664. » Baú de Notícias » Galeria de Fotos » Clipping

Moacyr Luz, Sonia Rodrigues e Leandro Fregonesi: encontro de cariocas

... estiveram presentes Sônia Rodrigues, escritora que carrega nas veias nada menos do que o sangue paterno do consagrado Nelson Rodrigues; Leandro Fregonesi, um jovem sambista que começa despontar nas rodas cariocas com composições próprias de muito estilo referendadas por alguns pesos pesado do samba carioca como Roberto Serrão, Darcy da Mangueira e Noca da Portela; e, para tornar a noite ainda mais carioca, Beth Carvalho, que dispensa apresentações.

Moacyr Luz foi acompanhado pelo grupo “QCV – Quarteto de Cordas Vocais” que também o acompanhou na abertura do Projeto Mestres do Samba no Boteco, realizado no Tonico´s em 2002. Desta vez a parceria estava ajustada o suficiente para imagina-la muito antiga. Moacyr, muito à vontade, permitiu não só coro como até alguns solos dos jovens músicos do QCV.

A noite seguia conforme o previsto. Samba de primeira nas composições e voz de Moacyr Luz acompanhado à altura pelo QCV. Inesperadamente o público se levanta e aplaude, porém de costas para o palco. Na verdade os presentes reverenciavam, na chegada, a sambista Beth Carvalho. Depois de um show na cidade ela compareceu ao Tonico´s para prestigiar o amigo e parceiro Moacyr Luz.

Sentou-se, saboreou cerveja e foi assediada pela ‘tietagem’. Autografou, recebeu afagos e carinhos e deixou-se abraçar por fãs ávidos pela especial oportunidade. Quando Moacyr Luz deixou o palco um coro pedindo por ela chegou a ser ensaiado: “Beth cadê você... eu vim aqui foi pra te ver”. Não adiantou.

Antes de partir posou para mais algumas fotos ao lado de fãs e só, mostrando reprodução de um dos seus primeiros trabalhos “Nos Botequins da Vida” que ela autografou em homenagem ao Tonico´s Boteco.


DESDE SEXTA-FEIRA

A concentração dos cariocas começou mesmo na sexta-feira, dia 12. O Tonico´s Boteco apresentou o show de lançamento do CD `no compasso do meu coração´de Leandro Fregonesi. O acompanhamento ficou por conta do já conhecido grupo “Velha Arte do Samba”. Fregonesi conseguiu, apesar de pouca experiência, a participação do público conforme o ritmo. Houve coro nos sambas mais conhecidos e silêncio nas composições acompanhadas apenas de violão pelo próprio Leandro.
Ele tem recebido apoio de sambistas de peso neste seu início de carreira entre eles está Roberto Serrão que aparece, inclusive, no CD lançado em Campinas/SP, interpretando “Só pro inverno passar”.


LITERATURA

A noite de sexta-feira teve ainda a marcante presença da escritora Sônia Rodrigues. Marcada pelo fato de ser filha de Nelson Rodrigues ela mostra personalidade e estilo na obra “Do que os homens têm medo” seu 24o recém lançado pela Editora Objetiva.
Em “Do que os homens têm medo” (148 páginas/R$22,90) a escritora apresenta sete contos, sete retratos contundentes de um cotidiano fragmentado, às vezes incômodo. Ela conta histórias de homens e mulheres. São situações aparentemente comuns que falam de perda e reconstrução. Histórias de mulheres que já não se deixam dominar, traçam sozinha o seu caminho e batalham, orgulhosas, por seu lugar ao sol e pelo homem que amam. E de homens que temem o amor, vivem de aparências, alimentam ressentimentos e mágoas e nunca esquecem o passado. Sonia Rodrigues não renega sua origem. É filha de mãe solteira com homem casado. De mãe flamenguista e pai tricolor. Dicotomias que ela trabalha “na boa”.





 

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