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AMERICANA SEDIA SHOW DE RAP COM GOG E A FAMÍLIA  


O rapper Genival Oliveira Gonçalves (GOG), atua no movimento Hip Hop brasileiro desde 1983 e é reconhecido no meio como o melhor poeta do RAP nacional (tem seis CDs gravados). Atualmente, GOG atua em parceria com o grupo do interior paulista A Família, formado por Demis Preto Realista, Gato Preto, Crônica e o DJ Bira. Com uma linguagem diferenciada e postura politizada, a proposta do grupo é revolucionar a periferia através da consciência, da leitura e da informação. Se posicionam contras as drogas, o álcool e não usam palavrões em suas músicas. Eles iniciam um novo movimento dentro do Hip Hop nacional, tentando voltar as bases do RAP para as raízes musicais da América Latina, na tentativa de diminuir a influência instrumental norte-americana.


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Um show de RAP encerra neste sábado, às 21 horas em Americana, o primeiro Fórum de Debate Século XXI, que reuniu na cidade representantes de vários movimentos populares para discutir o futuro do Hip Hop, a Maioridade penal e o Primeiro emprego. O rapper GOG e o grupo A Família realizam o show, no recinto da FIDAM, onde lançam o CD Tarja Preta. Com uma linguagem diferenciada e postura politizada, a proposta do grupo é revolucionar a periferia através da consciência, da leitura e da informação. Se posicionam contras as drogas, o álcool e não usam palavrões em suas músicas. Eles iniciam um novo movimento dentro do Hip Hop nacional, tentando voltar as bases do RAP para as raízes musicais da América Latina, na tentativa de diminuir a influência instrumental norte-americana. Este é o primeiro trabalho do GOG com participação de outros letristas. O foco é a mudança de comportamento, com base na informação: “Nossa idéia é levar a informação à periferia, não somos políticos mas o nosso trabalho é politizado”, explica.

O rapper Genival Oliveira Gonçalves (GOG), atua no movimento Hip Hop brasileiro desde 1983 e é reconhecido no meio como o melhor poeta do RAP nacional (tem seis CDs gravados). Atualmente, GOG atua em parceria com o grupo do interior paulista A Família (de Sumaré/SP), formado por Demis Preto Realista, Gato Preto, Crônica e o DJ Bira.

O CD Tarja Preta é um álbum duplo com 23 músicas e está sendo lançado com 10 mil cópias. A primeira divulgação das novas músicas foi realizada durante uma viagem ao Nordeste, em novembro, quando o grupo participou de visitas e debates aos núcleos do movimento Hip Hop daquela região e promoveu shows em Teresina/PI, São Luiz/MA e Belém/PA.


CD Tarja Preta

O nome do CD, Tarja Preta, surgiu da idéia de tratar a cultura como remédio para os problemas relacionados à desinformação e ao preconceito. Os discos são apresentados como “comprimidos”, o estúdio virou “laboratório” e a venda é recomendada “sob prescrição periférica”. Na abertura do disco, participação especial da mãe do GOG, dona Sebastiana, por quem ele foi influenciado através dos velhos LPs de cantores nacionais que ela ouvia quando ele era criança. A produção fonográfica é da Só Balanço e a distribuição ficará por conta da Face Da Morte Produções em São Paulo e a Unimar em âmbito nacional.
A música “É o crime” foi escolhida para a divulgação do novo CD, pois além de possuir ritmo marcante, tem um forte discurso social em sua letra, fazendo um contraponto do crime.


Alguns destaques do disco

Tarja Preta - Estudo de comportamento sobre o preconceito ao estilo Hip Hop. “Os doutores do gueto detectaram a doença da burguesia – guetofobia - e desenvolveram o remédio tarja preta”, justificam os autores.

É o crime - No RAP, se aborda muito a questão do crime. Neste disco, os autores fizeram um trocadilho sobre o crime nas coisas consideradas positivas. “Hoje em dia, o poder aquisitivo maior manipula o pensamento e mantém você desinformado, e esse é o verdadeiro crime, pois a informação pode parar a arma de um PM”.

O amor venceu a guerra - Fala sobre o traficante que se apaixona por uma vendedora de panela da favela. É tema pouco comum e deverá causar polêmica no meio.

Próxima parte - Composta apenas por palavras que se inciiam com a letra P, é continuidade da música no mesmo estilo do CD anterior do GOG, chamada: Brasil com P.

Quebra-cabeça - Música composta exclusivamente com nomes de músicas de outros grupos de RAP.

3 Corações - Composta a partir de depoimentos de pessoas que assistiam a derrubada de seus barracos, feita com gravações ao vivo, sem manipulação.

Rua sem nome, barraco sem número - Homenagem ao rapper Sabotagem, morto este ano.
 

 
 
   
   
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