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INDIOS E CDI CONTRA MADEIREIROS E TRAFICANTES  


O Comitê para a Democratização da Informática (CDI) é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos que, desde 1995, desenvolve o trabalho pioneiro de levar a informática às populações menos favorecidas. Por meio nas EICs – Escolas de Informática e Cidadania – desenvolve programas educacionais e profissionalizantes visando diminuir a exclusão digital a que essas comunidades são submetidas. São 38 comitês nacionais, em 19 estados e, 9 internacionais. Em Campinas – onde começou a atuar em maio de 2000 – o CDI mantém atualmente 46 Escolas de Cidadania e Informática e, desde 2000, já atendeu mais de 6000 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos. A meta é expandir o número de EICs para 50 até o final desse ano. A organização capta recursos técnicos e financeiros por meio de parcerias com empresas, instituições filantrópicas o poder público, que além de doarem equipamentos e verba, apoiam com trabalho voluntário, técnico e de instrução em aulas.


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O CDI - Comitê para Democratização da Informática decidiu apoiar os índios Ashaninka, cujas terras estão há 8km da fronteira com o Peru, na luta contra madeireiros e traficantes. O presidente e Diretor Executivo do CDI, Rodrigo Baggio, voltou na semana passada de Marechal Taumaturgo, no Acre, onde funciona uma EIF – Escola de Informática e Florestania (versão das EICs – Escolas de Informática e Cidadania que funcionam nas cidades), decidido a buscar formas de envolvimento da rede CDI no apoio ao povo indígena.
“A caminho da aldeia recebemos a informação de que madeireiros/traficantes peruanos tinham invadido a aldeia, ameaçando os índios de morte. Eles foram presos pelos índios e entregues ao Exército. Esse momento de tensão é o auge de um processo que começou em 1999. Em dezembro passado, ameaçados novamente pelos madeireiros/traficantes, os índios declararam guerra e enviaram um e-mail (de nossa EIF) para o Presidente da República. No dia seguinte, o Presidente ordenou que aeronaves da FAB, sobrevoassem a aldeia para afugentar os invasores. A estratégia deu supercerto! Mas o problema não foi resolvido e hoje, a situação dos Ashaninka é completamente crítica.” Explica Rodrigo Baggio
No contato que manteve com as lideranças locais durante a visita, Baggio tomou ciência da única medida capaz de evitar conseqüência ainda muito mais graves: a criação de um posto de fronteira e, como a autorização para essa instalação é de responsabilidade do Ministério da Justiça ele decidiu colocar o empenho do CDI no sentido de provocar um encontro dos Asshaninka com o ministro Márcio Tomas Bastos.
“Vamos recorrer ao membros da rede e buscar formas de ajudar os índios a se encontrarem com o Ministro para resolverem sobre a instalação do posto de fronteira”, promete ele.
O CDI vem recebendo, sistematicamente mensagens via Internet, da EIF-Escola de Informática e Florestania relatando a situação. A última foi dia 16 de agosto com o seguinte conteúdo:

-----Mensagem original-----
De: Isaac Pinhanta
Enviada em: terça-feira, 17 de agosto de 2004 14:07
Assunto: relato dos problemas de invasão

Comunidade Apiwtxa 16 de agosto de 2004

Nos Ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amonea, fisemos vario trabalhos em defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, desdo inicio da criação do nosso território. Hoje esse nosso trabalho temos varios resultado concreto, que mesmo sendo amiaçado de invasões conseguimos faser nossa parte para o bem da naturesa e do ser humano.
Hoje para a sociedade não é mais novidade o cuidado que devemos ter com a vida do planeta e com isso algumas praticas de conseguir dinheiro tem que mudar.
Aqui nessa fronteira da nossa terra com o país peruano todas as autoridades sabem que fumos invadidos por madereira peruana e sempre foi nós mesmos quem sofrimos as primeiras consequencias.
Fomos ameaçados de mortes varias vezes, muitas das vezes ate atacados. A respeito dessas amaaças e ataque foi comunicado a justiça brasileira.
A partir de 1999 foi quando começamos a encaminhar denucias,porque foi apartir desta data que as madereira começaram a invadir com frequencia.
Hoje estamos vivendo com um grupo de vizinhos que são ao contrario do que defendemos. Esse tema de cuidado com o meio ambiente ou usar os recursos de forma sustetavel é comum para todos paises. Eu lembro da eco 92, onde representates de variospaises chegaram ao consenço de assinarem o acordo para o ceculo 21 pensarem melhor a vida da terra.
Ainda consequencia dos ataques e ameaças, que no dia 28 de julho aconteceu um conflito entre os Asheninka e 2 peruanos, onde um dos peruanos saiu muito grave.
No dia 12 de agosto chegou uma carta na Aldeia Apiwtxa trazida pela a Asheninka Matxawo, enviada pela india arara Mirisa para sua irmã Goia que a mesma se encontra na aldeia Apiwtxa. Na carta falava que os peruanos estavam se preparando para atacar nós ashaninka do rio amonia.
E no dia 7 de agosto o Ashaninka Ecê e Minãko estavam subindo o Rio Amonia e encontraram milhares de peixes mortos, em consequencia de venenos colocados no rio para pegar peixes, ainda não sabemos quem colocou se foi asheninka do Peru ou Peruano.
Nós asheninka da aldeia apiwtxa solicitamos o mais rapido possivel uma conversa com o Ibama, Funai, PF e representantes de Governo para planejarmos um encontro com autoridades peruanas, madereiros e lideres das comunidades indigenas asheninka do Sawawo, Doce Gloria e Victoria afim de afirmarmos relações de trabalho que não prejudique nós do Brasil.

Isaac Pinhanta

Fonte:
Comunicativa Assessoria e Consultoria Jornalística
Assessoria de Imprensa Voluntária – CDI Campinas/SP
www.clicknoticia.com.br - gilberto@clicknoticia.com.br
Fone: 19 3256 4863 – 3256 9059


 

 
 
   
   
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