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Campinas-SP
TONICOS FAZ HOMENAGEM A GUILHERME DE BRITO
Reduto da boa música brasileira em Campinas, o Tonico´s Boteco tornou-se uma referência cultural no centro da cidade por receber artistas e intelectuais para apresentações, lançamentos e outras reuniões descontraídas. O nome é uma homenagem ao maestro e compositor Antonio Carlos Gomes, cujo apelido era Tonico. O casarão centenário onde está instalado o boteco foi preservado com toda estrutura arquitetônica original, e está localizado em frente a praça Antônio Pompeu, marco zero de Campinas, cercado de referências históricas e culturais. É um ponto de encontro diferenciado na noite campineira: um espaço boêmio onde a informalidade, a sofisticação e o ambiente agradável convivem em harmonia. Na decoração, painéis fotográficos da cidade antiga e posters de obras do maestro. No cardápio, pratos variados que vão desde os acepipes, petiscos e sanduíches especiais até pratos a La Carte. Na parte de bebidas, diferenciais como pingas aromáticas, o stanheguer W Double (exclusividade na cidade) e aperitivos exclusivos, além do chopp e cerveja sempre muito gelados. A casa é do empresário Paulo Henrique de Oliveira, não cobra consumação mínima, aceita todos os cartões de créditos e mantém convênio com os estacionamentos do Carmo e Simopark.
Rua Barão de Jaguará - 1373, no Centro, em Campinas / SP. Reservas de mesa e informações pelo fone: (19) 3236 1664.
Corpo frágil, gestos mansos e voz de veludo. Com estes traços simples, o sambista e compositor Guilherme de Brito empolgou e emocionou o público nos quatro shows vibrantes que realizou em Campinas/SP, nos meses de agosto dos anos de 2002 e 2003, no Tonico’s Boteco. Os CDs “A Flor e o Espinho” e “Samba Guardado” foram apresentados nesses shows. Ele lançou apenas três discos em toda a carreira, iniciada em 1955 (o primeiro foi na década de 70). Ele cantava temas que se tornaram marca registrada: amor, morte, separação, dor e saudade. É dele a autoria dos célebres versos "Tire o seu sorriso do caminho/ que eu quero passar com a minha dor" (A Flor e o Espinho), sempre atribuídos a Nelson.
A história
Nasceu em Vila Isabel, em 3 de janeiro de 1922. Trabalhou boa parte da vida como mecânico de máquina de calcular nas Casas Edson. A carreira artística teve início em 55, quando suas primeiras músicas foram gravadas por Augusto Calheiros. Pouco tempo depois conheceu Nelson Cavaquinho, seu principal parceiro, e iniciou a parceria que resultou em diversos "clássicos", como Folhas Secas, Juízo Final, Quando Eu Me Chamar Saudade e Pranto do Poeta. Era também pintor naif e fez exposições no Brasil e Japão.
Casado há mais de 60 anos com Dona Nena, Guilherme vivia no bairro de Bonsucesso, no Rio de Janeiro. Personalidade tranqüila de quem não está em busca de sucesso fácil e apreciador das serestas em Conservatória/RJ, onde é nome em uma das placas da cidade e onde mais tem um museu em sua homenagem, Guilherme de Brito retratava em seus poemas, as violências e as mágoas afetivas do cotidiano, numa simplicidade e beleza que demonstravam a grandeza poética de seus versos.
Ele nutria um grande carinho por Conservatória povoado encravado na serra fluminense, considerada a cidade dos seresteiros. Lá no seu museu encontra-se a primeira carta de uma fã, seu primeiro violão, além do primeiro cachê, recebido na rádio Vera Cruz e que conservou porque "estava duro, mas foi uma honra tão grande, que não tive coragem de gastar".
Parcerias
Foi em um boteco, há mais de 50 anos, que ele conheceu o parceiro com que alcançaria lugar de destaque no cancioneiro popular. Seus sucessos foram gravados por Cartola, Paulinho da Viola, Clara Nunes, Elis Regina e Beth Carvalho e uma geração de sambistas dos anos 90. Após a morte do parceiro Nelson Cavaquinho, com quem tinha um pacto de exclusividade, Brito passou a compor com grandes nomes da música popular brasileira como Paulinho Tapajós, Fagner, Elton Medeiros, Nelson Sargento e Monarco.
Brito começou a compor cedo. Quando ainda era criança, seu pai, um grande violonista, promovia reuniões musicais em casa, que eram prestigiadas por músicos ilustres da época. Sua primeira composição, logo após a morte de seu pai, "Calça balão", abordava a humilhação pela qual passara em seu primeiro emprego. Desanimado com a carreira de compositor, em 1955 um cunhado o apresentou a Antônio Almeida, diretor da rádio Roquete Pinto. Augusto Medeiros, intérprete da emissora, lançou duas valsas suas: "Meu dilema" e "Audiência divina". Abriram-se assim as portas para ele atuar como cantor na Rádio Vera Cruz, do Rio, e fazer, em seguida, parcerias com autores como Pedro Caetano e Renato Gaetani.
A morte
O compositor Guilherme de Brito faleceu dia 26 de abril de 2006, por falência múltipla dos órgãos, depois de 26 dias internado e em coma, no Hospital Maia, no Rio de Janeiro. O enterro será no Cemitério do Catumbi, no dia 27 de abril, às 15 horas. Ele deixa um casal de filhos, cinco netos e dois bisnetos.