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Rua Alberto Belintani, 41
Whatsapp: (19) 98783-5187
CEP: 13087-680
Campinas-SP
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A HOMENAGEM DE NELSON FIDELIZ E MINEIRINHO
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Reduto da boa música brasileira em Campinas, o Tonico´s Boteco tornou-se uma referência cultural no centro da cidade por receber artistas e intelectuais para apresentações, lançamentos e outras reuniões descontraídas. O nome é uma homenagem ao maestro e compositor Antonio Carlos Gomes, cujo apelido era Tonico. O casarão centenário onde está instalado o boteco foi preservado com toda estrutura arquitetônica original, e está localizado em frente a praça Antônio Pompeu, marco zero de Campinas, cercado de referências históricas e culturais. É um ponto de encontro diferenciado na noite campineira: um espaço boêmio onde a informalidade, a sofisticação e o ambiente agradável convivem em harmonia. Na decoração, painéis fotográficos da cidade antiga e posters de obras do maestro. No cardápio, pratos variados que vão desde os acepipes, petiscos e sanduíches especiais até pratos a La Carte. Na parte de bebidas, diferenciais como pingas aromáticas, o stanheguer W Double (exclusividade na cidade) e aperitivos exclusivos, além do chopp e cerveja sempre muito gelados. A casa é do empresário Paulo Henrique de Oliveira, não cobra consumação mínima, aceita todos os cartões de créditos e mantém convênio com os estacionamentos do Carmo e Simopark.
Rua Barão de Jaguará - 1373, no Centro, em Campinas / SP. Reservas de mesa e informações pelo fone: (19) 3236 1664.
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Nelson Fideliz a caráter...
Compondo o grupo Velha Arte do Samba, Nelson Fideliz tem voz e estilo que lembra outro famoso que já freqüentou a casa, também já falecido, Noite Ilustrada. O sorriso de Nelson é mais aberto, naturalmente escancarado e de gente feliz, característica que ele leva no nome. Apesar de campineiro de expressa cantando e conversando como os bons malandros cariocas de outros tempos. Só quem lhe tira poucos dois minutos de prosa consegue perceber a riqueza da cultura popular guardada sob um chapéu de ráfia branco.
Ontem, para quem quis ouvir ele contou a história, deliciosa (sem trocadilho) de Marta Rocha. “Cara essa negona ainda está viva em Campinas. Era um avião de negona com maior bundão daqueles mesmo de parar qualquer neguinho. Quando era chamada de Marta Rocha e mais ainda quando este chamado era acompanhado de “gostosona”, a mulher virava bicho. Eu tinha uns doze anos, era ajudante da Lavanderia Real e ia levar um terno de doutor na casa dele perto da Anchieta. Eu descia a General Osório com o terno branco do doutor cabide carregado às costas quando dei de cara com Marta Rocha subindo a rua. Abusado, dei de diz subindo a rua. Abusado, dei de diz pra ela ‘ô Marta Rocha’. Nem usei o complemento. Ela disparou atrás de mim na corrida. Eu voei em direção da Anchieta e consegui me safar dela. Sentei pra descansar num banco ali do Largo das Andorinhas. Depois que senti que tava legal fui levar o terno do doutor. Quando cheguei na casa dele e entreguei o cabide, ele conferiu e explodiu pra cima de mim, ‘ei neguinho cadê a calça desse terno?’ Só aí percebi que a c alça tinha caído quando eu corria fugindo da Marta Rocha...”
Apaixonado por Guilherme de Brito, Nelson Fideliz cantou Folha Seca, na primeira sexta depois da morte de seu ídolo, com muito mais emoção. No intervalo, correu atrás do gerente da casa para fazer um pedido especial: ele queria saber se podia levar para casa o banner, em homenagem ao compositor, colocado na entrada do Tonico´s. Diante da resposta positiva quase vai aos prantos em agradecimentos. Até ao ídolo, levantando as mãos ao céu, numa delas o chapéu branco em saudação ele exclamou: “Mestre tenha certeza que vou ficar muito feliz em tê-lo para sempre em minha casa. Vou levar o quadro e uma folha de mangueira deste chão que o senhor já pisou”.
Outro que deu o ar da graça mais uma vez foi Mineirinho do Cavaco. A casa parece entrar em transe quando seu nome é anunciado. Simples nos seus quase um metro e meio cobertos por roupas de outros tempos ele empolga. Não conhece muita coisa além de tudo sobre tocar cavaco. Nem mesmo Guilherme de Brito ocupa espaço privilegiado no saber dele. Nem sabia que ele havia morrido. Se por um lado estranha-se, por outro espanta vê-lo dedilhar o pequeno instrumento de corda sonorizando melodias composta pelo poeta. Se Guilherme de Brito não lhe vem no conhecimento acumulado no cérebro, ele se materializa nas pontas dos dedos finos de Mineirinho do Cavaco. Seu show termina com o arrojado cavacos às costas executando o tradicional Brasileirinho. O povo aplaude. Quer um bis que não vem. Ele sai cumprimentado, orgulhoso, passa pelo dono da casa e, no aperto de mãos, recebe seu cachê da noite. Sai porta a fora e ruma a pé, como em toda sexta-feira, até Valinhos onde mora.
Outras
fotos :
Detalhe do banner que ele solicitou como souvenir
Mineirinho do Cavavco em ação
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