Reduto da boa música brasileira em Campinas, o Tonico´s Boteco tornou-se uma referência cultural no centro da cidade por receber artistas e intelectuais para apresentações, lançamentos e outras reuniões descontraídas. O nome é uma homenagem ao maestro e compositor Antonio Carlos Gomes, cujo apelido era Tonico. O casarão centenário onde está instalado o boteco foi preservado com toda estrutura arquitetônica original, e está localizado em frente a praça Antônio Pompeu, marco zero de Campinas, cercado de referências históricas e culturais. É um ponto de encontro diferenciado na noite campineira: um espaço boêmio onde a informalidade, a sofisticação e o ambiente agradável convivem em harmonia. Na decoração, painéis fotográficos da cidade antiga e posters de obras do maestro. No cardápio, pratos variados que vão desde os acepipes, petiscos e sanduíches especiais até pratos a La Carte. Na parte de bebidas, diferenciais como pingas aromáticas, o stanheguer W Double (exclusividade na cidade) e aperitivos exclusivos, além do chopp e cerveja sempre muito gelados. A casa é do empresário Paulo Henrique de Oliveira, não cobra consumação mínima, aceita todos os cartões de créditos e mantém convênio com os estacionamentos do Carmo e Simopark. Rua Barão de Jaguará - 1373, no Centro, em Campinas / SP. Reservas de mesa e informações pelo fone: (19) 3236 1664. » Baú de Notícias » Galeria de Fotos » Clipping

Dona Inah canta em Paris em 2005

O Tonico´s Boteco tem merecido a caracterização de “Casa do Samba” mas, como bar temático em homenagem ao maestro Carlos Gomes, não poderia ficar apenas no samba. Assim, o espaço que propaga este ritmo de forma muito peculiar em Campinas também é disponibilizado para outras manifestações culturais além da música. Personalidade diversas do mundo literário, por exemplo, têm feito do Tonico’s Boteco passagem obrigatória para lançamentos e noites de autógrafos.

REVELAÇÃO AOS 70
Herdeira de uma tradição de canto peculiar, arraigada na escola das grandes divas do rádio e, ao mesmo tempo, na expressão do samba de raiz – de onde Clementina de Jesus é matriarca incondicional - Dona Inah, iniciou sua carreira na década de 50, cantando em rádios e clubes de Araras, cidade paulista onde nasceu.
E do interior para a capital, seu trajeto foi marcado pelo equilíbrio da vida artística e o trabalho convencional – funcionária pública, cozinheira, entre outros -, garantindo com este o sustento da família.

Desde cedo, travou contato com suas referências musicais, grandes nomes que conheceu de perto, nos bastidores da Rádio Record e em apresentações na Rádio Clube de Santo André: Isaurinha Garcia, Aracy de Almeida, Nelson Gonçalves, entre outros, e Orlando Silva, que certa vez, ao ouvi-la cantar, aconselhou: “Minha filha, seja você, cante com a sua voz”. A partir daí, passou a manusear com mais atenção o material vocal e toda uma musicalidade que possuía, abraçando sambas e choros, na maioria das vezes peças raras, já esquecidas e apagadas pelo tempo, mas vívidas em sua memória.

Na década de 80, deu continuidade a musica, atuando em rodas e casas paulistanas, cantando em shows e programas temáticos da TV Cultura, sempre acompanhada por excelentes músicos, e com repertório cuidadosamente selecionado. Mas as desventuras da vida fizeram com que desistisse de cantar, abandonar o trabalho artístico, optando por uma reclusão espontânea que, por contrariedade de grandes amigos da área, não vingou. Nessa ocasião, Isaías Bueno, Carlos Poyares, e tantos outros, chamaram-na para cantar em seus trabalhos, acreditando naquela arte cuja força teria muito a oferecer à música popular, fosse expressa em pequenas rodas de samba, fosse a apresentada em palcos.
Em 2001, em apresentação única na extinta Rua do Choro, conheceu o produtor e roteirista Heron Coelho, com quem começou a trabalhar, convidada por ele a atuar no musical Rainha Quelé- Tributo à Clementina de Jesus (agosto de 2002), ao lado da veterana cantora e atriz Marília Medalha. Neste show, ratificou sua extrema vitalidade interpretativa ao cantar temas específicos - canções de trabalho e religiosos do cancioneiro de Quelé.

A partir daí, a história é conhecida: continuou seu percurso, se apresentando em teatros, ao lado de grandes nomes, como o trombonista Raul de Barros, e em casas de boa música paulista, acompanhada por músicos virtuosos e seus admiradores contumazes, dentre eles o compositor Hermínio Bello de Carvalho, que cedeu-lhe sambas inéditos em parceria com Ataulfo Alves e sambas inéditos de Cartola.

Em 2003, iniciou pesquisa de repertório para seu primeiro CD, com prévia de shows em duas pequenas temporadas no Supremo Musical, e em algumas apresentações no Sesc.
Em 2004, foi convidada para cantar no Theatro Municipal de São Paulo, no Fórum Mundial de Cultura, ao lado de Marlui Miranda, sob direção de Elias Andreato.
Neste mesmo ano gravou seu primeiro CD, Divino Samba Meu, sob direção de Heron Coelho, com repertório composto por releituras de sambas de Noel Rosa, Ary Barroso, Nelson Cavaquinho, e inéditos de Ataulfo Alves, Hermínio Bello de Carvalho e Eduardo Gudin.

Em 2005 excursionou pela Europa e África, cantando em Paris, Zamora e em Rabat, para um público de 11 mil pessoas. Considerada a Rainha do Samba de São Paulo, pelo jornal francês Libération, Dona Inah recebeu, aos 70 anos de idade, o Prêmio Tim de Música Brasileira, na categoria revelação. Atualmente realiza shows em teatros paulistanos, com repertório de seu primeiro CD.

O POETA ENGAJADO
O poeta Thiago de Mello estará em Campinas, na próxima segunda-feira, 12 de junho, para o lançamento do seu novo disco de poemas “A Criação do Mundo” e autografando o livro “Poemas Preferidos pelo autor e seus leitores” O evento acontece no Tonico’s Boteco (endereço e horário)

O cd é um lançamento do selo Karmim em comemoração ao 80 anos do poeta, completados no último mês de março. As gravações foram feitas no Rio de Janeiro em janeiro deste ano e o trabalho tem a trilha sonora do músico Gaudêncio Thiago de Mello, irmão do poeta, que mora e atua nos Estados Unidos. O trabalho conta ainda com uma participação especial do jornalista Armando Nogueira, que declama o poema “A Criação do Mundo”.

A coletânea “Poemas Preferidos pelo autor e seus leitores” (Bertrand Brasil) reúne os trabalhos mais expressivos do consagrado autor dos “Estatutos do Homem”. A seleção ganhou, no ano passado, uma edição em espanhol do Instituto Cubano Del Libro.

Reservas: fone (19) 3236 1664

 

Outras fotos :