Campinas/SP - Domingo, 24 de novembro de 2024 Agência de Notícias e Editora Gigo Notícias  
 
 
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Rua Alberto Belintani, 41
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Campinas-SP

 

JAGUAR LANÇA ANTOLOGIA DO PASQUIM EM CAMPINAS  


Reduto da boa música brasileira em Campinas, o Tonico´s Boteco tornou-se uma referência cultural no centro da cidade por receber artistas e intelectuais para apresentações, lançamentos e outras reuniões descontraídas. O nome é uma homenagem ao maestro e compositor Antonio Carlos Gomes, cujo apelido era Tonico. O casarão centenário onde está instalado o boteco foi preservado com toda estrutura arquitetônica original, e está localizado em frente a praça Antônio Pompeu, marco zero de Campinas, cercado de referências históricas e culturais. É um ponto de encontro diferenciado na noite campineira: um espaço boêmio onde a informalidade, a sofisticação e o ambiente agradável convivem em harmonia. Na decoração, painéis fotográficos da cidade antiga e posters de obras do maestro. No cardápio, pratos variados que vão desde os acepipes, petiscos e sanduíches especiais até pratos a La Carte. Na parte de bebidas, diferenciais como pingas aromáticas, o stanheguer W Double (exclusividade na cidade) e aperitivos exclusivos, além do chopp e cerveja sempre muito gelados. A casa é do empresário Paulo Henrique de Oliveira, não cobra consumação mínima, aceita todos os cartões de créditos e mantém convênio com os estacionamentos do Carmo e Simopark. Rua Barão de Jaguará - 1373, no Centro, em Campinas / SP. Reservas de mesa e informações pelo fone: (19) 3236 1664.


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Entre a capa e a contracapa da Antologia, foto de Ivan Lessa e Jaguar na redação do extinto O Pasquim, na década de 70.


O cartunista Jaguar estará em Campinas/SP na próxima quarta-feira, dia 23 de agosto, para lançamento do livro: O Pasquim – Antologia 1969/1971, uma compilação de matérias e entrevistas das 150 primeiras edições do semanário. Organizado por Jaguar e Sérgio Augusto, o livro foi publicado pela Editora Desiderata e o lançamento será no Tonico’s Boteco, no centro da cidade, com sessão de autógrafos as 21 horas. A partir das 21h30, o grupo Velha Arte do Samba fará som ao vivo, e para os que forem curtir o samba, o couvert artístico é de R$ 4,00.

Serviço
O Pasquim – Antologia 1969/1971
Editora: Desiderata
Autores: Jaguar e Sérgio Augusto
Preço do livro: R$ 60,00
Local: Tonicos’s Boteco Horário: 21 horas
R. Barão de Jaguara, 1373 – centro – Campinas/SP
Fone (19) 3236 1664

A história
O Pasquim foi o primeiro e mais influente jornal de oposição à ditadura militar no Brasil. O projeto nasceu no final de 1968 após uma reunião entre o cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral; o trio buscava uma opção para substituir o tablóide humorístico A carapuça, de Sérgio Porto (que acabara de falecer). O nome foi sugestão de Jaguar, inspirado na história de um monsenhor italiano chamado Pasquino, que segundo a lenda escrevia fofocas e notícias para serem lidas em praça pública. Com o tempo, figuras de destaque na imprensa brasileira, como Ziraldo, Millôr, Prósperi, Claudius e Fortuna, se juntaram ao time, e a primeira edição saiu em 26 de junho de 1969.
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 70, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro. A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros), o jornal foi se tornando mais politizado a medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira. Além de um grupo fixo de jornalistas, contava com a colaboração de nomes como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa e Sérgio Augusto, e também dos colaboradores eventuais Ruy Castro e Fausto Wolff.

As prisões
Em novembro de 1970 a redação inteira do Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga, (de autoria de Pedro Américo). Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada - até fevereiro de 1971 - o Pasquim foi mantido sob a editoria de Millôr Fernandes (que escapara à prisão), com colaborações de Chico Buarque, Antônio Callado, Rubem Fonseca, Odete Lara, Gláuber Rocha e diversos intelectuais cariocas.
As prisões continuariam nos anos seguintes e, na década de 80, bancas que vendiam jornais alternativos como o Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. Aproximadamente metade dos pontos de venda decidiu não mais repassar a publicação, temendo ameaças. Era o início do fim para o Pasquim.
O jornal ainda sobreviviveria à abertura política de 1985, mesmo com o surgimento de inúmeros jornais de oposição. Graças aos esforços de Jaguar, o único da equipe original a permanecer no Pasquim, o semário continuaria ativo até a década de 90. A última edição, de número 1.072, saiu em 11 de novembro de 1991.

A tentativa de resgate
Em 2001, Ziraldo e seu irmão Zélio Alves Pinto lançaram uma nova edição do Pasquim, renomeado "Pasquim21". Esta versão não durou muito, apesar de contar com alguns de seus antigos colaboradores, e deixou de ser publicada em meados de 2004. Ironicamente o jornal original acabou ganhando um documentário produzido com recursos do governo. "O Pasquim - A Subversão do Humor" foi lançado em junho de 2004 e exibido pela TV Câmara.

A Antologia
Os autores da Antologia explicam que O Pasquim Foi o maior fenômeno editorial da imprensa brasileira: “Na época, o Cruzeiro e Veja tinham atrás de si duas sólidas empresas jornalísticas, mas O Pasquim, só um punhado de porras-loucas. Assumidamente nanico, panfletário e abusado (‘um folião no velório’, ‘livre como um táxi’, ‘equilibrado como um pingente’, ‘sempre em alta graças ao seu baixo nível’– era com slogans desse teor que ele chegava às bancas todas as semanas)”. Nasceu sob a suspeita de que duraria pouco tempo, menos até que os oito números que, alguns anos antes, conseguira sobreviver a revista de humor Pif-Paf, criada por Millôr Fernandes e de certo modo o embrião do Pasquim (que logo perdeu o artigo definido).
Quando o jornal estourou, quem mais se surpreendeu com aquele imprevisto foram os seus próprios redatores e cartunistas. “Mas já que os deuses, contrariando os militares, pareciam estar do lado deles, o jeito foi relaxar e aproveitar o sucesso até a última gota de uísque e o último rabo-de-saia”.
A Desiderata Editora e Produtora Cultural, responsável pela edição, nasceu em 2003 na incubadora de empresas do Instituto Gênesis da PUC do Rio de Janeiro. Seu principal objetivo é contribuir para a construção da memória do Brasil, através de projetos editoriais, de exposições, seminários, debates e outros eventos.

Outras informações:
Desiderata – Daniele Pinheiro – Tel: (21) 3285-3710 - www.editoradesiderata.com.br
Tonico’s Boteco: Tel: 3236 1664 – www.tonicos.com.br

Apoio à imprensa:
Comunicativa - Fones (!9) 3256 4863 / 3256 9059 / 9156 6014 - comunicativa@clicknoticia.com.br
 


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